Desigualdade salarial: mulheres recebem 19,4% a menos que homens no Brasil, revela estudo do governo

O relatório destaca que a disparidade salarial é ainda maior em cargos de liderança e gerência, chegando a 25,2%

Um estudo inédito realizado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres revelou que as mulheres brasileiras ganham, em média, 19,4% a menos que os homens. Esses dados foram divulgados nesta segunda-feira (25) pelo MTE, como parte do Primeiro Relatório Nacional de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios.

O relatório, que compila informações fornecidas por 49.587 empresas com 100 ou mais empregados, destaca que a disparidade salarial é ainda maior em cargos de liderança e gerência, chegando a 25,2%. Para mulheres negras, essa lacuna aumenta para alarmantes 27,9%.

As estatísticas também revelam diferenças salariais consideráveis entre os estados brasileiros. O Distrito Federal apresenta a menor desigualdade salarial, com mulheres ganhando 8% a menos que os homens. Já São Paulo, o estado com o maior número de empresas participantes (16.536 no total), reflete a desigualdade nacional, com mulheres recebendo 19,1% a menos que os homens.

No entanto, o relatório destaca que mais da metade das empresas analisadas (51,6%) possuem planos de cargos e salários ou planos de carreira. Embora isso possa indicar uma tentativa de equidade, critérios como horas extras, disponibilidade para o trabalho e cumprimento de metas de produção são alcançados mais frequentemente por homens do que por mulheres.

O relatório também aponta que a interrupção do trabalho devido à licença-maternidade e aos cuidados com filhos e dependentes contribui para essa disparidade, evidenciando a necessidade de políticas que promovam a igualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.

Com informações do Metrópoles

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