Conselho de Ética da Alerj convoca sessão para instaurar processo contra deputada Lucinha, investigada por ligação com milicianos

Em dezembro, Lucinha foi alvo da operação Batismo, realizada pela PF e MP do Rio, por sua suposta participação e articulação política para beneficiar a milícia chefiada por Zinho

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou a convocação de uma sessão nessa quarta-feira (3) para iniciar o processo ético-disciplinar contra a deputada Lucinha (PSD). A instauração ocorre dois meses após o plenário da Alerj determinar a abertura da investigação na Casa. Na ocasião, os parlamentares decidiram que ela poderia retomar seu mandato, mas deveria enfrentar imediatamente um processo no Conselho.

Em dezembro, Lucinha foi alvo da operação Batismo, realizada pela Polícia Federal e Ministério Público do Rio (MPRJ), que investiga sua suposta participação e articulação política para beneficiar a milícia chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. Segundo a investigação, ela seria o braço político da organização e teria o apelido de “madrinha”.

Na reunião de quarta-feira, os membros do Conselho de Ética escolherão o parlamentar responsável por relatar o processo. O Conselho é composto por sete deputados; o presidente Júlio Rocha (Agir), a vice-presidente Martha Rocha (PDT), Jorge Felippe Neto (Avante), Felipinho Ravis (Solidariedade), Dani Monteiro (PSOL), Renato Miranda (PL), Cláudio Caiado (PSD). Também foram convocados os suplentes Dionísio Lins (PP) e Andrezinho Ceciliano (PT)..

Ao retornar à Alerj no final de fevereiro, Lucinha negou veementemente qualquer envolvimento com o crime organizado: — Hoje é um dia muito difícil para mim. Tenho 30 anos de vida pública em defesa da população do Rio, principalmente do povo da Zona Oeste (…) Quero dizer ao parlamento que nunca tive qualquer envolvimento com nenhuma organização criminosa. Nunca fui braço da milícia, como dito por aí. Também nunca utilizei meu mandato para interferir na política de segurança pública. Todos sabem que sou uma deputada de oposição e como tal, não tinha acesso à cúpula da segurança do Estado — afirmou

Lucinha expressou sua gratidão ao presidente da Casa, Rodrigo Bacellar, por conduzir o processo com imparcialidade, e destacou a atuação do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Amorim, por ter garantido o tempo necessário para que pudesse apresentar suas alegações.

Com informações de O Globo

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