CBF homenageia jogadoras que conquistaram medalha de prata em Paris

As jogadoras vice-campeã olímpica exibem a medalha de prata conquistada em Paris (Rafael Ribeiro / CBF)

Com as medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Paris, as atletas da Seleção Brasileira foram homenageadas nesta segunda-feira (12) na sede da CBF, no Rio, pelo presidente Ednaldo Rodrigues, diretores e colaboradores da entidade. Aplaudidas de pé no auditório da CBF, elas subiram ao palco, vestindo o uniforme da equipe, para uma celebração simbólica.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enalteceu a conquista das jogadoras (Rafael Ribeiro / CBF)

Chamadas uma a uma pela gerente de Competições, Aline Pellegrino, que fez parte da geração vencedora do início dos anos 2000, as medalhistas ouviram do presidente Ednaldo Rodrigues os agradecimentos por terem chegado a uma final olímpica depois de 16 anos.

“Essa é uma homenagem do futebol brasileiro a essas guerreiras que tanto lutaram pela medalha e nos emocionaram nos últimos dias nesta caminhada olímpica na França. Esse foi um trabalho de ouro. Foi uma trajetória muito difícil, que teve em cada uma das meninas e da comissão técnica uma harmonia e um entrosamento muito grande, o que construiu esse caminho até o pódio”, disse Ednaldo Rodrigues.

Antônia jogou com a perna quebrada

No seu discurso, Ednaldo Rodrigues também fez questão de citar nominalmente a lateral Antonia, um dos símbolos da conquista na Olimpíada de Paris. A jogadora atuou por vários minutos contra a Espanha na primeira fase com a perna quebrada, o que só viria a saber no dia seguinte.

Convidados aplaudiram e se emocionaram com o evento em homenagem às campeãs (Rafael Ribeiro / CBF)

No momento em que jogou no sacrifício, parada no meio de campo da partida disputada em Bordeaux, ela impediu que uma zagueira adversária avançasse para tentar mais gols – o Brasil, que atuava com uma a menos naquela partida, em razão da expulsão de Marta no primeiro tempo, era superado no placar e não podia levar outro gol, senão, estaria eliminada.

Pioneiras também foram reverenciadas

As pioneiras no futebol feminino também foram homenageadas na sede da CBF (Rafael Ribeiro / CBF)

Antes das medalhistas subirem no palco, Aline Pellegrino protagonizou outro momento emocionante. Ela pediu aplausos para as pioneiras, convidadas especiais da CBF para o evento. A ex-jogadora pediu à cada pioneira que se levantasse para receber os aplausos de todos os colaboradores da CBF e das medalhistas de prata. Ritinha, Fia, Cebola, Marisa, Russa, Ana Banana, Fanta, Sandra, Marilza (Pelezinha), Lêda Maria e Danda foram reverenciadas por todos os presentes no auditório.

Seleção marcou história com a medalha

O técnico Arthur Elias não escondeu a alegria no evento realizado no auditório da CBF. “Elas se dedicaram demais, esse grupo marcou história. Aproveitamos da melhor forma, com dedicação, com união. E essa recepção é muito importante. Nosso objetivo é sempre aproximar do nosso torcedor, honrar a camisa da seleção. E também é importante que a gente tenha essa aproximação com a CBF física. É importante para as atletas conhecerem a casa”, disse Arthur Elias.

As jogadoras vice-campeã olímpica exibem a medalha de prata conquistada em Paris (Rafael Ribeiro / CBF)

A zagueira Rafaelle se emocionou no evento. Ela completou 100 jogos com a camisa da Seleção nos Jogos de Paris e foi uma das líderes do grupo. “Não esperava ter tanta gente aqui para receber a gente. É muito gratificante. Agradeço muito todo o apoio da CBF. Eu acho que se não fosse todo mundo trabalhando em conjunto por trás disso, a gente não conseguiria ter chegado a essa medalha aqui, que é de prata, mas a gente representa um trabalho de ouro”, completou a zagueira.

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