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Câmara aprova PEC fiscal com novas regras para abono do PIS e desidratação; entenda

Abono salarial passará a ser pago para quem ganha até R$ 2.640, valor abaixo de dois salários mínimos, regra atual. Dólar intensifica a queda e encosta em R$ 6,10 após a votação | Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que faz parte do pacote fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O texto manteve as novas regras para o abono salarial (PIS/Pasep), restringindo o acesso ao benefício. A proposta segue para o Senado após uma tarde de votação. No primeiro turno, foram 344 a favor e 154 contra. No segundo, 348 a favor e 146 contrários.

Após a votação, o dólar comercial intensificou a queda e encostou em R$ 6,10, em queda de mais de 2,5%. Analistas avaliam a aprovação das medidas de corte de gastos como importante para garantir o equilíbrio das contas públicas no país.

O abono salarial funciona como uma espécie 14º salário pago a quem recebe até dois salários mínimos (R$ 2.824). O abono passará a ser pago para quem ganha até R$ 2.640. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio. O governo acredita que isso será alcançado em 2035.

A votação da PEC ocorreu após adiamento da sessão desta quarta. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), abriu mão de pautar a matéria ao ver um requerimento de preferência ser aprovado com 294 votos, o que indicava quórum abaixo dos 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que faz parte do mesmo conjunto de medidas.

Teto salarial

A PEC original do governo que muda regras do abono salarial previa que uma lei complementar tratasse das verbas que podem ficar fora do teto salarial de servidores públicos, hoje em R$ 44 mil mensais.

O relator Moses Rodrigues (União Brasil-CE) alterou o texto para prever a regulamentação por meio de lei ordinária, que requer um quórum mais baixo e pode mais facilmente ser flexibilizada. Outro trecho incluído pelo deputado diz ainda, na prática, que, enquanto a regra não for aprovada, permanece tudo como está hoje.

Fundeb

O relator também reduziu de 20% para 10% o percentual da complementação da União ao Fundeb (Fundo de Educação Básica) que poderá ser usado em ações para criar e manter matrículas em tempo integral na educação básica. Além disso, cita apenas o ano de 2025 — antes, seria para todos os anos.

Inicialmente, o governo calculava que a proposta original renderia uma economia de R$ 10,3 bilhões entre 2025 e 2026, e de R$ 42,3 bilhões até 2030.

O que mais diz o texto

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