Viúva de Rubens Paiva, torturado e morto pelo regime militar, Eunice Paiva será homenageada post mortem com a Medalha Tiradentes pela Alerj

A Medalha Tiradentes é a maior honraria do Estado

A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj, protocolou nesta terça-feira (4) a concessão da Medalha Tiradentes Post Mortem à advogada e militante Eunice Paiva. Símbolo da resistência contra a ditadura militar, Eunice teve papel central na busca por informações sobre o desaparecimento de seu marido, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pelo regime.

— A Medalha Tiradentes é a maior honraria do nosso Estado, concedida a quem contribuiu de forma excepcional para a sociedade fluminense e brasileira. Eunice Paiva representa a luta por memória, verdade e justiça, sendo um exemplo de coragem na defesa da democracia e dos direitos humanos. Sua história precisa ser reconhecida e preservada. Com o filme “Ainda Estou Aqui”, milhões de pessoas descobriram a história dessa mulher tão forte e resiliente — destacou Dani Monteiro.

Deputada estadual Dani Monteiro

Após a morte de Rubens Paiva, Eunice se formou em Direito e se tornou uma respeitada advogada, dedicando-se à defesa dos direitos humanos, especialmente dos povos indígenas. Sua trajetória é retratada no filme Ainda Estou Aqui, indicado ao Oscar 2025 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres.

A proposta da Medalha Tiradentes segue agora para tramitação na Alerj e será submetida à votação dos deputados estaduais.

— Eunice Paiva é uma referência na luta pelos direitos humanos e contra as barbáries da ditadura. Conto com o apoio dos meus colegas parlamentares para concedermos essa justa homenagem e para reafirmarmos categoricamente o compromisso democrático de lutarmos para que nunca mais passemos por um período tão sombrio e cruel. Ditadura nunca mais! — disse a presidente da CDDHC.

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