Tragédia no RS: número de mortos vai a 107; 374 pessoas ficaram feridas

As fortes chuvas fizeram transbordar o Rio Taquari, inundando a cidade de Encantado e deixando à vista apenas os tetos das casas e os pontos de luz dos postes — Foto: Gustavo Ghisleni/AFP

O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul traz que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. A atualização desta quinta-feira (9) aponta que há um óbito sendo investigado. O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos.

Mortes confirmadas: 107

  • Bento Gonçalves (6)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Bom Princípio (1)
  • Canela (2)
  • Canoas (4)
  • Capela de Santana (1)
  • Capitão (2)
  • Caxias do Sul (5)
  • Cruzeiro do Sul (8)
  • Encantado (2)
  • Esteio (1)
  • Farroupilha (1)
  • General Câmara (1)
  • Forquetinha (2)
  • Gramado (7)
  • Itaara (1)
  • Lajeado (5)
  • Montenegro (1)
  • Pantano Grande (1)
  • Paverama (2)
  • Pinhal Grande (1)
  • Porto Alegre (4)
  • Putinga (1)
  • Roca Sales (2)
  • Salvador do Sul (2)
  • Santa Cruz do Sul (2)
  • Santa Maria (6)
  • São João do Polêsine (1)
  • São Leopoldo (3)
  • São Vendelino (2)
  • Segredo (1)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Silveira Martins (1)
  • Sinimbu (1)
  • Sobradinho (1)
  • Taquara (2)
  • Três Coroas (3)
  • Vale do Sol (1)
  • Venâncio Aires (3)
  • Vera Cruz (1)
  • Veranópolis (5)

Há 232,1 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.542 em abrigos e 164.583 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).

O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas

Pesquisa Genial /Quaest: 68% responsabilizam governo estadual pela tragédia

As cidades do Sul do RS já registram transtornos devido às chuvas. Em Pelotas, na Praia do Laranjal, moradores estão em alerta para deixarem as áreas de risco. Segundo a prefeitura do município, 400 pessoas estão em abrigos. As aulas em escolas municipais foram suspensas até a próxima sexta-feira (10).

Para sete em cada dez brasileiros, a tragédia que acomete o estado do Rio Grande do Sul há mais de uma semana poderia ter sido evitada se algo fosse feito pelos governos locais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira. Para 68% dos entrevistados, o governo do estado tem a maior responsabilidade sobre a calamidade que assola o estado há mais de uma semana.

As chuvas que inundam o estado desde o começo da semana passada já deixaram 100 mortos e 130 desaparecidos, enquanto pouco mais de 1,4 milhão de pessoas foram atingidas em decorrência dos temporais e das enchentes, segundo atualização divulgada pela Defesa Civil estadual na noite desta quarta-feira. Para nove em cada dez entrevistados, a calamidade enfrentada no Rio Grande do Sul é muito grave, enquanto apenas 1% não vê gravidade no que ocorre no estado.

Para os entrevistados, o principal ente a ser responsabilizado pela tragédia é o governo estadual (68%), seguido pelas prefeituras (64%) e pelo governo federal (59%), que desde a semana passada vem disponibilizando apoio das Forças Armadas para ajudar no resgate de vítimas. Há ainda outras medidas anunciadas por ministérios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como a antecipação de folgas e férias a servidores, e facilitação no repasse de doações ao estado.

As piores enchentes já registradas no estado, em graus mais agudos que as inundações vividas no estado em 1941, são atribuídas totalmente às mudanças climáticas por 64% dos brasileiros. Já para 30%, é apenas uma das causas. Para 1%, não há ligação nenhuma

Na avaliação de 58% dos brasileiros, há a percepção que as mudanças climáticas estão acontecendo por intervenção humana, uma queda de 15 pontos percentuais ante o último levantamento, feito em dezembro de 2023. Por outro lado, a parcela que atribui os efeitos das mudanças climáticas também a outros fatores subiu de 7% para 27% nesta edição da pesquisa, em comparação com a anterior.

A pesquisa ouviu presencialmente 2.045 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do país. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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