A força-tarefa para retirada dos corpos do acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, em São Paulo, finalizou na noite deste sábado o resgate de todas as vítimas. Duas foram identificadas e 50 chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) Central da capital paulista no início da noite.
Ao longo deste sábado, 26 famílias de vítimas do acidente com a aeronave da Voepass Linhas Aéreas foram acolhidas no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo ao ILM. O atendimento será retomado neste domingo.
De acordo com o governo de São Paulo, morreram 34 homens e 28 mulheres na tragédia, uma das mais letais em solo brasileiro. Entre as vítimas, estão quatro tripulantes da Voepass, antiga Passaredo. A lista de mortos inclui uma família de venezuelanos e uma brasileira com dupla nacionalidade portuguesa.
Os familiares, que foram alojadas em um hotel próximo da região do IML, foram orientados a trazer exames odontológicos e outros documentos para auxiliar na identificação, que pode ser feita por meio da arcada dentária, digitais ou DNA. O gabinete de crise ofereceu atendimento de psicólogos.
A coleta de materiais genéticos segue uma ordem para seleção das famílias, que começa por mãe e pai dos desaparecidos. O IML central fará o reconhecimento de todos os corpos, em uma operação dedicada ao acidente.
Equipes que atuaram no resgate dos corpos passaram a noite no local da queda da aeronave e desde de sexta-feira. Na tarde de sábado, em coletiva a jornalistas em Vinhedo, o chefe da Área de Perícias Externas do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal havia informado que a expectativa era que todos os corpos seriam retirados até o fim deste sábado, o que ocorreu.
Mais cedo, em coletiva de imprensa em Vinhedo, o prefeito da cidade, Dario Pachedo (PSD) havia afirmado que havia sido feita a identificação preliminar do piloto e copiloto da aeronave. A Defesa Civil, no entanto, confirmou apenas o reconhecimento do corpo do pilto da aeronave, Danilo Santos Romano, de 35 anos.
A operação no local é feita pelo Corpo de Bombeiros, com apoio de equipes da Polícia Técnico-Científica (SPTC), da Polícia Civil e da Defesa Civil. A Polícia Federal (PF) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) também trabalham na área do acidente.
As causas por trás do acidente aéreo ainda são desconhecidas. Neste sábado, as duas caixas-pretas do avião ATR-2 chegaram em Brasília onde serão analisadas pelos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Com informações do O Globo