Setembro Amarelo: Brasil registra 38 suicídios por dia; Rio lança o “Pacto pela Vida: Olhar, Ouvir e Cuidar”

Cláudio Castro lança Pacto Pela Vida, uma iniciativa de apoio à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. Fotos: Ernesto Carrriço/governo do estado do Rio de Janeiro.

Projeto envolve diversas secretarias, com o objetivo de promover e fortalecer a saúde mental da população fluminense

O governador Cláudio Castro lançou na última sexta-feira (20/09), no Palácio Guanabara, o “Pacto Pela Vida: Olhar, Ouvir e Cuidar”. A iniciativa do Governo do Estado foi criada para promover a saúde mental de forma ampla junto à população, por meio de ações de conscientização ou práticas, com o intuito de salvar vidas e promover um ambiente mais acolhedor. A ação ocorre durante o mês da campanha Setembro Amarelo, voltada para a prevenção ao suicídio.
–  Nossa intenção é reafirmar o comprometimento do nosso governo com relação à valorização da vida, reunindo esforços de diversas secretarias e organizações em torno da promoção da saúde mental. A grande mensagem de hoje é não enxergar as pessoas como um número. É preciso voltar a entender que a vida do outro importa. Olhar, Ouvir e Cuidar parecem pequenos atos, mas são imensos. O nosso objetivo é manter o olhar empático, humano e impactar positivamente a vida de cada cidadão – ressaltou Castro.

Ações em andamento


Entre as ações já em andamento, estão palestras, workshops e treinamentos dirigidos a servidores municipais e agentes multiplicadores. As iniciativas têm o objetivo de capacitar profissionais para oferecer um atendimento diferenciado às pessoas em situação de vulnerabilidade mental.
A primeira-dama e presidente de honra do RioSolidário, Analine Castro, destacou a importância da integração do Governo do Estado em prol da saúde mental e da prevenção ao suicídio. 
–  É muito gratificante ver tantas secretarias unidas, de braços dados, para garantir políticas públicas aos cidadãos fluminenses pela preservação do nosso bem mais valioso, que é a vida. Vamos manter a nossa escuta ativa, o nosso olhar e o nosso cuidar para com o outro. Pedir ajuda ou oferecer ajuda também é fundamental neste processo. A vida vale muito e é preciso unir forças para atingir a população. Este é o verdadeiro sentido da política pública – enfatizou Analine.
Os temas trabalhados incluem os impactos de abusos, preconceito racial, homofobia e machismo – questões que afetam profundamente a integridade da saúde mental, especialmente entre adultos que sofreram essas violências na infância e juventude. Entre as secretarias envolvidas na iniciativa estão a de Saúde, Mulher, Polícia Militar, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Educação, Juventude e Envelhecimento Saudável, além do RioSolidário.
A secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Rosangela Gomes, frisou que as iniciativas de valorização à saúde mental são fundamentais para a prevenção ao suicídio.  
–  Nossa secretaria realiza um trabalho integrado com as demais pastas, com foco no olhar humanizado, empático, em todas as nossas ações. Temos uma equipe que exercita a empatia e a responsabilidade pública em todos os nossos programas –  ressaltou Rosângela.

Algumas medidas previstas para fortalecer o suporte à saúde mental da população
– Criação de um aplicativo para atendimento psicológico 24 horas;- Capacitação contínua de profissionais para uma atuação mais humanizada;- Atendimento integrado e coordenado;- Campanhas educativas sobre prevenção ao suicídio, depressão e ansiedade com linguagem acessível;- Organização de seminários, fóruns e rodas de conversa sobre saúde mental;- Ampliação da capacitação para profissionais que atendem pessoas em situação de violência.


Dados sobre suicídio no Brasil e no mundo

O suicídio é uma questão urgente de saúde pública global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil mortes anuais são atribuídas ao suicídio em todo o mundo — um número que pode ultrapassar 1 milhão se incluídas as subnotificações. 
No Brasil, cerca de 14 mil casos são registrados anualmente, resultando em uma média alarmante de 38 suicídios por dia. Esses números reforçam a necessidade urgente de ações efetivas voltadas à prevenção e ao cuidado em saúde mental.

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