Seropédica: Berriel troca o PT pela Rede e flerta com o PSOL para disputar a Prefeitura

Sebastião Berriel acompanhou Lula durante 40 anos e agora é candidato a prefeito de Seropédica pela Rede Sustentabilidade.

Filho de um pastor evangélico e morador do bairro Coqueiral, na divisa com Nova Iguaçu, o sindicalista Sebastião Berriel, 57 anos, será o candidato da Rede Sustentabilidade à Prefeitura de Seropédica nas eleições de 6 de outubro. Ele, que acabou de ser rifado pelo PT nas negociações de alianças para as eleições municipais, militou ativamente no PT durante 40 anos na Baixada Fluminense, discute agora a construção de uma federação com o PSOL e flerta com o PC do B para enfrentar nas urnas o atual prefeito, Professor Lucas ( PP),candidato à reeleição.

Como pré candidato, as prioridades  de Berriel estão definidas:  segurança para os  estudantes da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a população, levar os conhecimentos da Rural para a administração municipal e ajudar a combater os milicianos de Seropédica, além de transporte público nos bairros e ampliar o SUS no município.

A saída de Berriel do partido de Lula repercute na Baixada.  Berriel exerceu o mandato de vereador em Nova Iguaçu quando Lindbergh Farias foi prefeito da principal cidade da Baixada. Mais adiante, ele foi secretário municipal de Assistência Social e de Prevenção à Violência quando a professora Sheila Gama (PDT), que era vice-prefeita assumiu a Prefeitura em 2010.

Berriel foi a principal vítima de uma negociação nada republicana que envolveu o prefeito da cidade, Professor Lucas, e Marcelo Sereno, emissário da direção estadual do Partido dos Trabalhadores em negociações de apoios a candidatos de outras legendas em várias cidades do Rio. Sereno está lotado no gabinete do deputado Reimont e continua sendo operador de grupos do PT fluminense.

Segundo Berrriel, com o propósito de reduzir o espaço político de Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e aliado de Lula no Rio, quatro deputados do PT formaram um “consórcio” para negociar a liberação de recursos das emendas para prefeituras fluminenses: Benedita da Silva, Lindbergh Farias, Reimont e Dimas Gadelha.

 Em troca do dinheiro público para saúde, educação e obras de infraestrutura, os deputados pedem cargos aos prefeitos para seus apadrinhados, diz Berriel. Em Seropédica, o operador deste esquema foi Marcelo Sereno, com o aval de Felipe Lato, presidente local da legenda, embora seja morador de Nilópolis.

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