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RJ, o estado mais feminino do país, tem uma das menores participações de mulheres no legislativo municipal

Secretaria de Estado da Mulher promove seminário para debater estratégias para fomentar a presença feminina nos espaços de poder | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A participação política das mulheres no Rio de Janeiro é uma das mais baixas no cenário nacional. Uma pesquisa recém-publicada pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal, com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrou que, no Brasil, mulheres foram eleitas para 16% das vagas nas casas legislativas municipais no último pleito, enquanto, no Rio de Janeiro, esse índice foi de 9,1%.

Para discutir esse e outros desafios das mulheres na política no estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado da Mulher (SEM-RJ) promoverá no próximo dia 23, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM-RJ), o Seminário Participação Política das Mulheres. O evento começará às 16h, na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. 

O seminário reunirá gestoras, conselheiras, pesquisadoras, servidoras públicas e mulheres na política para um debate que visa criar estratégias que fortaleçam a presença das mulheres no cenário político fluminense, um fator primordial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

— Esse será um espaço importante de debate sobre a representatividade política das mulheres e sobre como reduzir as desigualdades entre homens e mulheres nesse campo. O evento tratará de questões-chave para o avanço da participação das mulheres, como o financiamento das campanhas femininas e a importância das mídias digitais, atualmente. Contaremos com especialistas e acadêmicas das respectivas áreas debatendo as temáticas — explicou a secretária de Estado da Mulher e presidente do CEDIM-RJ, Heloisa Aguiar.

Elas são a maioria, mas estão sub-representadas

Embora a população eleitoral brasileira seja composta por 52% de eleitoras, foram registradas no último pleito municipal de 2020, 33% de candidaturas femininas, e menos da metade foram eleitas (16%). Quando se trata de reeleição, o número é ainda menor. Somente 12% conseguem obter um novo mandato.

Fonte: TRE

A superintendente de Articulação Institucional da SEM-RJ e conselheira do CEDIM-RJ, Aline Inglez, destaca que ter mais mulheres no legislativo municipal é muito importante para criação, aprimoramento e fortalecimento das políticas públicas.

— As mulheres são maioria da população no país, e essa diferença é ainda maior no Rio de Janeiro. Precisamos estimular e apoiar a ampliação da ocupação dos espaços de poder pelas mulheres e, no campo da política, precisamos garantir a segurança das mulheres que decidem ocupar esses espaços. Quanto mais mulheres na política, mais políticas para mulheres serão formuladas e implementadas em nosso estado também — afirmou Aline Inglez.

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