O estado do Rio de Janeiro será um dos maiores beneficiados pela mais recente reunião do Fundo da Marinha Mercante (FMM), que aprovou R$ 6,6 bilhões em investimentos para o fortalecimento da infraestrutura naval e portuária, além de projetos ligados à indústria de petróleo e gás. A deliberação ocorreu neste mês de maio, durante a primeira reunião do ano do conselho do fundo, que é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
Entre os destaques está a construção de quatro navios Handy pela Petrobras, voltados ao transporte de derivados claros de petróleo. Avaliado em R$ 1,5 bilhão, o projeto tem previsão de quatro anos de duração e deve gerar 640 empregos diretos. O objetivo é reduzir os custos com afretamento e aumentar a autonomia da estatal na logística de combustíveis.
“Esses projetos representam uma nova fase da indústria naval do Rio de Janeiro. […] Tudo isso representa geração de emprego e renda para a população, dinamizando a economia e fortalecendo todo o país”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Outro investimento expressivo vem da Green Port, que moderniza seu estaleiro na Ilha da Conceição com a construção de um novo dique flutuante, ao custo de R$ 242,2 milhões. A obra deve gerar 492 empregos diretos e tem como foco ampliar a capacidade de atendimento técnico e reduzir o tempo de manutenção de embarcações offshore de médio e grande porte.
A Cedro Participações também terá papel relevante com o desenvolvimento do projeto ITG 02, um terminal portuário greenfield para movimentação de minério de ferro. Com investimento de R$ 3,5 bilhões e geração prevista de 2.847 empregos diretos, o terminal contará com cais, armazéns, pátios e sistemas modernos, focando em sustentabilidade e eficiência logística.
“Esse é também um plano regional de revitalização econômica, de trabalhar a economia do mar no Rio de Janeiro”, destacou o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes.
No total, o conselho do FMM aprovou R$ 22 bilhões para 26 projetos em todo o país, voltados à construção de embarcações, modernização de estaleiros, reparos e expansão de infraestrutura portuária. Foi o maior volume de recursos já aprovado em uma única reunião do fundo, reforçando a posição estratégica do Sudeste no desenvolvimento da indústria naval brasileira.