A advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, 54 anos, está desaparecida há quase três meses. A mulher foi vista pela última vez antes de desaparecer no estacionamento de um shopping em Petrópolis (RJ). A família de Anic pagou o resgate de R$ 4,6 milhões, mas ela ainda não foi localizada. Um amigo próximo dos familiares foi preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento da advogada. As informações são do progama Fantástico, da TV Globo.
Anic é casada com Benjamin Cordeiro Herdy, herdeiro de uma fortuna no Rio de Janeiro. O aviso de que ela tinha sido sequestrada chegou no celular do marido, no mesmo dia que ela desapareceu: 29 de fevereiro. Várias ameaças foram enviadas pelos sequestrados de um número de celular que era usado pela advogada. Os criminosos sabiam da condição financeira da família e pediram a quantia milionária como resgate.
Em 1º de março, os sequestradores disseram que o marido de Anic tinha que pegar o carro da esposa que ficou no shopping e pedir ajuda a um homem identificado como Gordo. Esse é um dos apelidos de Lourival Correa Netto Fadiga, que convivia com a família há pelo menos três anos.
“O Lourival convencia todos. Todos acreditavam que ele era, sim, policial federal. Isso fazia com que ele tivesse confiança da família em todos os aspectos”, disse a delegada Cristiana Onorato Miguel ao Fantástico.
Lourival acompanhou o marido da advogada na negociação com os sequestradores. Em depoimento à polícia, Benjamin disse que foi ao shopping por orientação dos sequestradores e que Lourival seguiu com o dinheiro para uma favela na Zona Oeste carioca, onde teria deixado a quantia numa lixeira. No entanto, Anic não apareceu.
Depois, o marido de Anic recebeu uma mensagem suspostamente escrita pela esposa, dizendo que o sequestro era uma estratégia para fugir com um amante. Depois, os filhos da advogada também receberam mensagens que afirmavam que a mãe tinha ido embora do Brasil e que havia conhecido uma pessoa que pretendia passar o resto da vida com ela.
A investigação policial apontou que no dia do pagamento do resgate, Lourival não foi com os R$ 680 mil em dinheiro vivo até uma favela, mas esteve em uma concessionária na Barra da Tijuca, e comprou uma caminhonete por R$ 500 mil e uma moto por R$ 30 mil, além de 950 celulares para a loja de informática da família dele. Lourival foi preso em 20 de março, juntos com os filhos, suspeitos de participação no esquema.
A defesa de Lourival afirmou que os fatos são “especulativos” e baseados em “suposições”. Já o advogado da família de Benjamin disse que o marido e os filhos esperam que Anic seja encontrada com vida.
O Correio tenta contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro para saber mais informações sobre o caso, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno.
*com informações do Correio Braziliense.