Projeto que fortalece a cultura preta e incentiva afroturismo na Pequena África é assinado no Rio

O vídeo da campanha sobre afroturismo para promoção nos EUA produzido pela Embratur foi passado no evento. Foto: Márcio Menasce/ Embratur

 Embratur participou do evento de assinatura do contrato de iniciativa do BNDES e destacou a potência do segmento como gerador de emprego e renda com um novo protagonismo

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou, nesta quarta-feira (28), do evento de assinatura do contrato com o consórcio vencedor do edital Viva Pequena África, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O projeto apoia iniciativas culturais para fortalecer a preservação e valorização da memória e herança africana no polo turístico no Rio de Janeiro (RJ), além de criar uma rede de instituições representantes dessa herança africana.
 

A região da Pequena África é um polo da capital fluminense que inclui o Cais do Valongo, a Pedra do Sal e o Cemitério dos Pretos Novos. O edital foi motivado pelo reconhecimento do Sítio Arqueológico Cais do Valongo como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco. A solenidade desta quarta ocorreu no auditório da sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
 

“Pela primeira vez na história do Brasil, o afroturismo é uma bandeira central de uma política pública do governo federal. Temos a Tania Neres, que é a coordenadora que toca o afroturismo na Embratur e que, desde o primeiro momento, atuou junto com quem já fazia afroturismo. E os resultados são muito fortes. Quando a gente apresenta o Brasil através do afroturismo, apresenta o país que a gente quer viver”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. “O afroturismo é responsável por uma geração de emprego e renda com um novo protagonismo. A luta que vocês estão construindo, esse olhar sobre a Pequena África, é um processo pedagógico e de reafirmação de uma política de direitos humanos”, complementou.
 

O consórcio vencedor do certame é composto pela ONG Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), pela startup de afroturismo Diáspora Black e pelo PretaHub, empresa que promove programas, eventos e atividades voltadas à inclusão de empreendedoras e empreendedores negros em uma estrutura mais justa e equilibrada em oportunidades e resultados financeiros.
 

A proposta do consórcio inclui, entre outras iniciativas, um enfoque no turismo como meio de transformar a Pequena África em um como polo cultural para atrair visitantes do mundo inteiro, criando, também, um intercâmbio de informações com outros destinos semelhantes do Brasil tendo a atividade turística como ferramenta, conforme explicou o CEO da Diáspora Black, Carlos Humberto da Silva Filho.


 Participaram do encontro os representantes do consórcio, que inclui Carlos Humberto, da Diáspora Black, a CEO da PretaHub, Adriana Barbosa, e o conselheiro estratégico do Ceap, Babalaô Ivanir dos Santos; além da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, representando o presidente do banco, Aloizio Mercadante, e o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente.

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