A Secretaria também é a sede da Coordenadoria de Defesa das Mães Atípicas e da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência, com foco na inclusão, acessibilidade e garantia de direitos para grupos historicamente invisibilizados.
O prefeito de Nova Iguaçu, Dudu Reina, inaugurou hoje (28) a sede da Secretaria da Mulher, comandada no município pela vice-prefeita, Roberta Teixeira. O espaço reúne serviços essenciais voltados à promoção da dignidade feminina, como o Centro Especializado de Atendimento à Mulher, que funcionará no primeiro andar do prédio, oferecendo acolhimento humanizado, escuta qualificada e atendimento intersetorial a mulheres em situação de violência doméstica.
foto: Alzirxo Xavier PMNI


Na sequência da cerimônia, foi inaugurada a Sala de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta, no Hospital Iguassú, fortalecendo o compromisso do município com os direitos das mulheres em todas as fases da vida. O bispo da Diocese de Nova Iguaçu, Dom Gílson Andrade, o bispo-emérito Dom Luciano Bergamin e as secretárias estaduais de saúde, Cláudia Mello, e da Mulher, Heloisa Aguiar. participaram da inauguração.

Da solenidade participaram os deputados federais Dr. Luizinho, Líder do Progressistas(PP), irmão de Roberta, e Rosângela Gomes (PRB), a primeira- dama do governo estadual, Analine Castro, presidente de honra do RioSolidário, os deputados estaduais Carlinhos BNH e Filipinho Ravis. Rosângela e Filipinho integram o secretariado estadual nas pastas de Assistência Social e Trabalho, respectivamente. O presidente da Câmara de Vereadores. Dr. Márcio Guerreiro, também esteve no número 297 da Rua Pinto, Centro de Nova Iguaçu, onde está localizado o prédio da Secretaria da Mulher.

Foto: Alziro Xavier/PMNI
Além disso, a nova estrutura conta com Subsecretarias de Autonomia Financeira, voltadas à capacitação profissional, incentivo ao empreendedorismo e inserção das mulheres no mercado de trabalho. Também há serviços na área da saúde da mulher e uma atuação integrada para enfrentar todas as formas de violência — física, psicológica, sexual — bem como o racismo, a gordofobia e outras práticas discriminatórias que afetam especialmente as mulheres negras e periféricas.
A Secretaria também é a sede da Coordenadoria de Defesa das Mães Atípicas e da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência, com foco na inclusão, acessibilidade e garantia de direitos para grupos historicamente invisibilizados.
Baixada Fluminense registrou um em cada quatro casos de feminicídio no estado do Rio

o último ano, um em cada quatro casos de feminicídio no Rio de Janeiro aconteceu na Baixada Fluminense. Os dados são do boletim anual “Feminicídios e Segurança Pública na Baixada Fluminense”, divulgado pela organização Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR) para marcar o 8 de março, Dia Internacional das Mulheres.
Foram registrados 110 mortes por feminicídio no estado no último ano. Do total, aproximadamente 24% aconteceram na Baixada Fluminense. Segundo o IDMRJ, a região teve um aumento de 67% nas mortes de mulheres em comparação ao ano anterior.
Duque de Caxias concentrou 23% dos casos de feminicídios na Baixada, seguido por Belford Roxo (19%) e Nova Iguaçu (17%). O documento aponta que o domínio das milícias nesses territórios é um impedimento para as mulheres registrem dos casos.
“Duque de Caxias continua sendo historicamente o município com as maiores taxas de feminicídios e violência contra a mulher na Baixada. Dentro desses territórios, a população é cerceada e a lei do silêncio impera, já que qualquer comentário sobre feminicídios e violência contra mulheres são duramente reprimidos pelo poder local”, diz o texto do boletim.
Para a pesquisa, a IDMJR utilizou dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e realizou uma etapa de escuta coletiva com mulheres negras que já sofreram algum tipo de violência de gênero na Baixada Fluminense. A região compreende 13 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro. A organização ressalta ainda que a maioria das vítimas mulheres negras, em idade adulta e moradoras de favelas e periferias.