Preço dos alimentos recua e prévia da inflação desacelera para 0,3% em julho

Custos com transporte continuaram a pressionar o IPCA-15, especialmente as passagens aéreas, que subiram 19,21%

O IPCA-15, índice considerado prévia da inflação, desacelerou em julho e ficou em 0,3%, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira. Os preços dos alimentos cederam, mas os custos com transporte continuaram a pressionar o indicador, especialmente as passagens aéreas. A alta da gasolina, refletindo o reajuste da Petrobras nas refinarias, também freou uma desaceleração maior.

O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,23% em julho.

Alimentação tem queda

O grupo Alimentação e bebidas teve um recuo de 0,44% em julho, a primeira deflação do grupo em oito meses.

Nesse período, a safra agrícola foi amplamente afetada pelos fenômeno climático El Niño. E, quando se esperava que a influência diminuísse, houve a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul, que prejudicou uma cesta de produtos locais, como o arroz.

Em julho, o subgrupo de Alimentação no domicílio registrou deflação de 0,70%. Segundo o IBGE, contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). Ainda houve alta do leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

Já a Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,25%, mas desacelerou em relação a junho (0,59%). Foram registradas das altas menos intensas do lanche (de 0,80% para 0,24%) e da refeição (0,51% para 0,23%).

Alta da gasolina

A gasolina foi o segundo item entre os que tiveram maior participação no resultado do IPCA-15 de julho. No início do mês, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. O último reajuste da gasolina feito pela Petrobras havia sido em outubro de 2023.

Como consequência, o preço médio do litro da gasolina na bomba, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já subiu quase 5% nas últimas duas semanas.

O combustível foi comercializado, em média, a R$ 6,13 — maior valor registrado no atual governo Lula (PT). O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,99, segundo a ANP.

Com informações do GLOBO e g1.

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