Um policial civil e um advogado foram presos durante uma operação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), realizada nesta terça-feira. Os dois tiveram a prisão decretada pela Justiça. De acordo com o Gaeco, o policial civil repassava ao advogado informações sigilosas e privilegiadas extraídas do banco de dados da Polícia Civil sobre integrantes da milícia chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que está preso desde dezembro de 2023.
A ação, chamada de Operação Leaks, cumpre ainda três mandados de busca e apreensão no Centro do Rio, em Barros Filho, na Zona Norte, e em Jacarepaguá, em endereços ligados aos denunciados. O advogado foi preso em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e o policial na Tijuca, na Zona Norte da capital. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e Corregedoria-Geral de Polícia Civil (Cgpol).
O Gaeco denunciou o policial e o advogado à Justiça por promoverem a manutenção da organização paramilitar “Bonde do Zinho” e violação de sigilo funcional. Os crimes ocorreram entre setembro de 2020 e julho de 2022. Foram feitas, pelo menos, 19 consultas a nomes de milicianos junto ao sistema da PCERJ, segundo as investigações da Draco.