Polícia mira quadrilha que pratica crimes de ódio contra crianças e adolescentes na internet

Investigações começaram após um homem em situação de rua ter 70% do corpo queimado por um jovem, de 17 anos, no Pechincha

A Polícia Civil realiza, nesta terça-feira (15), uma operação contra uma quadrilha que pratica crimes de ódio contra crianças e adolescentes pela internet. Entre os delitos apurados estão tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo, entre outros. Até o momento, dois homens foram presos e dois adolescentes apreendidos.

As investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) começaram no dia 18 de fevereiro, quando um homem em situação de rua teve 70% do corpo queimado por um adolescente, de 17 anos, que atirou dois coquetéis molotov em sua direção. O crime, ocorrido no Pechincha, na Zona Oeste, foi gravado por um militar, que transmitiu toda a situação em tempo real em uma plataforma online. Ambos já foram detidos.

A partir do crime, os policiais descobriram que o caso não se tratava de uma fato isolado. De acordo com o apurado, os administradores do servidor utilizado compunham verdadeira organização criminosa altamente especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos, crianças e adolescentes.

Segundo a Polícia Civil, as investigações revelaram uma atuação criminosa que se espalhava por diferentes plataformas digitais, utilizando mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar, em um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes.

A corporação informou que a atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que recebeu atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios, contribuindo com o trabalho dos policiais.

Com o apoio de policiais civis de sete estados e do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança, a Operação Adolescência Segura cumpre mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória de adolescentes infratores.

As diligências ocorrem nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. As investigações seguem para identificar os demais integrantes da organização criminosa.

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