A polícia iniciou uma operação nesta quinta-feira (18) contra uma quadrilha que roubava carros de luxos de locadoras de veículos no Rio. Em seguida, os veículos eram clonados e vendidos.
De com a investigação, os suspeitos faziam cópias da chaves e clonavam os módulos dos veículos para o furto.
Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) saíram para cumprir 10 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada em furtar veículos alugados de locadoras.
Os mandados estão sendo cumpridos por policiais da 21ª DP (Bonsucesso) em Campo Grande e Jacarepaguá, bairros da Zona Oeste do Rio.
Até às 7h30, ao menos 7 pessoas haviam sido presas: entre elas o chefe da quadrilha. Ele foi encontrado em casa, em Campo Grande.
Como a quadrilha agia
Os investigadores descobriram que um dos investigados ia até as empresas de locação de veículos e fazia o aluguel, em sua maioria, de carros de alto padrão.
Após isso, o veículo era levado para endereços de outros integrantes da quadrilha, onde era realizada a instalação de um rastreador por parte dos criminosos. Na sequência o veículo era levado até um chaveiro para que fosse produzida uma chave reserva.
Pouco tempo depois, o veículo era devolvido e os criminosos passavam a monitorá-lo, aguardando até que uma terceira pessoa — sem ligação com os bandidos — alugasse o automóvel.
Com o rastreamento em tempo real, os criminosos aguardavam o momento propício, geralmente com o veículo estacionado em locais públicos e de grande circulação e, de posse da chave reserva, o roubavam.
De posse do veículo, ele era rapidamente levado para endereços utilizados pelos criminosos onde eram realizadas as adulterações de seus sinais identificadores [clonagem].
Ainda de acordo com a polícia, esses veículos eram, posteriormente, vendidos abaixo do mercado em sites de veículos. Os bandidos também faziam cópias de manuais, chaves reserva, carimbos de concessionárias e etc.
Os bandidos vendiam os carros para outros estados e para o Paraguai.
Carros também eram desmanchados e peças vendidas
A investigação aponta também que, alguns dos veículos eram levados para desmanche: suas peças eram retiradas e posteriormente comercializadas.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos tinham ligação com a milícia da Zona Oeste, que atua em Campo Grande, fornecendo aos milicianos os veículos clonados. Os paramilitares pagavam os valores em armas e dinheiro.
A investigação começou em 2023, após a polícia encontrar 3 desmanches na Zona Oeste. No local, os investigadores encontraram seis homens retirando peças de vários carros.
Com informações do g1.