Papa Francisco: ” Quem ama não fica no chão, mas começa de novo; quem ama, voa.”

Por motivo de saúde, Papa Francisco acompanhou remotamente a Via Crucis no Coliseu de Roma, mas amanhã deverá presidir a Missa da Páscoa no Vaticano. Fotos: reprodução.

O Papa Francisco presidiu a liturgia da Sexta-Feira Santa no Vaticano, em Roma. Francisco comparou a cruz de Cristo às provações que todas as pessoas enfrentam, mas também falou em esperança. Afirmou que é o amor que nos faz levantar depois de cair sob o peso da cruz, porque quem ama não fica no chão, mas começa de novo; quem ama, voa.

Ausente na Via Sacra

O Papa cancelou em cima da hora a participação na tradicional Via Sacra, em Roma. Segundo o Vaticano, a ausência foi para preservar a saúde dele para outros compromissos durante o fim de semana. Mais cedo, Francisco presidiu a liturgia no Vaticano.

Uma Sexta-Santa silenciosa na sede mundial do Catolicismo. O Papa Francisco abriu a cerimônia do dia mais sombrio da história Cristã, a paixão e morte de Cristo. Com cantos em latim que narram acontecimentos desde a prisão de Jesus até o sepultamento, este é um dos poucos rituais em que o pontífice não faz uma homilia.

Até o último momento não se sabia ao certo se Francisco iria, depois da cerimônia na igreja, acompanhar a Via Crucis no frio da primavera romana. Em 2023, ele estava com pneumonia e não pôde participar. Em 2024, o Papa quis levar para as 14 etapas da procissão a dura atualidade das guerras, da violência e das incompreensões.

Pouco antes da cerimônia, o Vaticano informou que Francisco preferiu não acompanhar a procissão, mas ele se fez presente por meio das meditações, lidas a cada estação da Via Crucis – uma tradição que começou em 1750. Em 2024, elas foram escritas pelo próprio Papa – algo raro na história da Igreja.

Não há cenário mais apropriado para a Via Crucis do que o Coliseu, iluminado por tochas. Monumento do primeiro século depois de Cristo, que atravessou o paganismo e, mais tarde, a cristianização.

A procissão com imigrantes, pessoas com deficiência, freiras e jovens, seguiu levando as mensagens do Papa em cada estação. Do Cristo humilhado por injustiças e por ganhos obtidos às custas dos outros. Ele comparou o público que assistiu à execução bárbara de Jesus, que o julgou e condenou com desprezo, ao mal diário que se encontra na internet: onde basta um teclado e algumas frases para insultar e destruir. Lembrou da loucura da guerra, das crianças abandonadas, das mães que veem os filhos passando fome, dos muitos jovens que sofrem e dos idosos esquecidos.

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