Em reunião com vereadores, quiosqueiros e barraqueiros, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou, nesta terça-feira (27), que vai desistir de algumas das novas regras para a orla carioca. O decreto, que previa 16 proibições polêmicas, já não vai começar a vigorar no próximo dia 1º.
O prefeito disse que não será mais proibida a venda de bebidas em garrafas de vidro nos quiosques, que as barracas vão continuar a ser identificadas por nome e que bandeiras ainda poderão ser fincadas nas areias das praias do Rio. Ele anunciou que vai buscar parcerias na iniciativa privada para oferecer barracas padronizadas (mas que preservem suas identidades). As bandeiras também terão que respeitar limites de tamanho. E o principal: a música ao vivo continuará sendo permitida, dentro dos limites da lei.
“Eu adoro música, mas era preciso um freio de arrumação”, disse o prefeito.
Paes lembra que já existe lei em vigor sobre música ao vivo
O prefeito delegou a João Marcelo Barreto, da Orla Rio — empresa responsável pela exploração dos quiosques — a fiscalização do cumprimento das medidas. Os eventos de música ao vivo, por exemplo, precisam seguir as regras já existentes sobre altura do som e horários.
Paes admitiu que o decreto que baixou, inclusive, nem teria validade — já que existe uma lei em vigor sobre o tema. Mas que foi bom ter estimulado o debate.
Estavam presentes o presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), e a comissão de representação da casa, formada pelos vereadores Renato Moura (MDB), Diego Faro (PL), Marcos Dias (Podemos), Rafael Aloísio Freitas (PSD) e Rosa Fernandes (PSD) para discutir as mudanças previstas pela prefeitura.
Ironia sobre a presença de Talita
Talita Galhardo (PSDB), que não faz parte da comissão, mas milita na causa das praias, também foi ao encontro. Nesta segunda-feira, Talita não participou da reunião conjunta das comissões para dar o parecer ao projeto que vai regulamentar o armamento da Guarda Municipal. A vereadora disse que estava doente desde o fim de semana. Com a falta de Talita, a Comissão de Segurança não teve quórum — e, por isso, o início da votação do projeto foi adiado por, pelo menos, 14 dias.
Paes não perdoou. Todas as vezes em que citava a presença de Talita no encontro sobre a orla (e não foram poucas), ele brincava, dizendo “Talita, que hoje está bem de saúde”…