O prefeito Eduardo Paes (PSD) oficializou nesta quarta-feira (5) a exoneração dos secretários da Casa Civil, Eduardo Cavaliere, e de Esportes, Guilherme Schleder. Ambos, pertencentes ao mesmo partido do pré-candidato à reeleição, surgem como opções para a vice na chapa, caso Paes desista de indicar o deputado federal Pedro Paulo, também do PSD e favorito do prefeito para o posto.
Secretários que desejam integrar chapas majoritárias precisam deixar seus cargos até quatro meses antes das eleições. A disputa pela vice também se intensificou no PT, que determinou que seus dois postulantes à vaga – o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, e o secretário de Assuntos Federativos da Presidência, André Ceciliano – deixassem os cargos nesta semana.
No grupo de Paes, o movimento do PT foi visto positivamente, embora a possibilidade de o partido do presidente Lula conquistar a vice-prefeitura seja considerada remota. Contudo, o gesto desviou a atenção da disputa interna entre os aliados mais próximos de Paes. Além dos secretários municipais, outra alternativa a Pedro Paulo é o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD).
Apesar de sua preferência por Pedro Paulo, seu principal parceiro político, Paes afirma que não pode deixar apenas uma opção em aberto. Além da pressão política, há a necessidade de Pedro Paulo tomar decisões pessoais, especialmente devido ao episódio que prejudicou sua candidatura em 2016, quando veio à tona um processo de violência doméstica aberto pela ex-mulher – arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas que permanece relevante como fato político.
A equipe do prefeito ainda avalia o impacto potencial desse caso na campanha. Por exemplo, na esquerda, a escolha de Pedro Paulo como vice pode diminuir o engajamento de partidos como o PT. Dirigentes petistas temem que membros do partido e a militância apoiem, de forma não oficial, a candidatura de Tarcísio Motta (PSOL), cujos votos podem ser cruciais para Paes vencer no primeiro turno.
O prazo para a definição da chapa é 5 de agosto, data final para a realização de convenções partidárias. Embora o prefeito deva esperar um pouco mais antes de decidir sobre o vice, aliados acreditam que uma decisão pode ser tomada no início de julho.
Com informações de O Globo
