Operação na Maré tem três suspeitos mortos; ônibus do BRT é atingido durante confronto

Bope atua em operação no Complexo da Maré, na Zona Norte | Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O DIA

As polícias Militar e Civil realizam uma operação no Complexo da Maré, na Zona Norte, na manhã desta terça-feira (3). Segundo moradores, há intenso tiroteio na região desde a madrugada. O confronto provocou o fechamento de 38 escolas nas comunidades. Além disso, um ônibus do BRT foi atingido por um disparo na Avenida Brasil, altura da estação da Fiocruz. Imagens que circulam nas redes sociais mostram  ainda três suspeitos mortos na ação. 

Segundo a PM, agentes do Batalhão de Operação Policiais Especiais (Bope) e do Comando de Operações Especiais (Coe) atuam nas comunidades da Baixa do Sapateiro e Conjunto Esperança, onde apreenderam veículos roubados. 

O objetivo é localizar criminosos envolvidos em disputas territoriais em diferentes pontos da capital. Os alvos seriam traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP). Em vídeos divulgados nas redes sociais, bandidos aparecem tentando fugir pela janela de uma casa após serem descobertos por policiais.

Durante confronto, tiros foram ouvidos também na Vila do João, Salsa e Merengue, Parque Ecológico, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Morro do Timbau e Nova Maré.

Serviços afetados

De acordo com a Mobi-Rio, o ônibus atingido seguia no sentido Terminal Gentileza quando o motorista escutou um barulho de estilhaço no vidro. A porta traseira foi destruída. Apesar do susto, o articulado estava vazio e não houve vítimas.

Já a Secretaria Municipal de Educação informou que 37 escolas foram fechadas na Maré. Enquanto na rede estadual, uma unidade não abriu nesta terça (3).

Demolição no Parque União

Em outra parte do complexo, no Parque União, dominada pela facção Comando Vermelho, agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Polícia Civil realizaram por 10 dias uma operação para demolição de prédios construídos pelo tráfico. Nas ações, mais de 1,4 mil alunos de escolas estaduais chegaram a ficar sem aula. De acordo com a Ong Redes da Maré, ao todo 9 mil estudantes já foram afetados.

As investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apontam que o Parque União vem sendo utilizado há anos, por meio da construção e abertura de empreendimentos, para lavar o dinheiro acumulado com o comércio de drogas. Ainda conforme a Civil, no esquema, há a participação de funcionários de órgãos representativos da região, como a própria Associação de Moradores.

Com informações do O Dia

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