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Operação conjunta das forças de segurança do RJ e ES no Complexo da Maré tem intenso tiroteio e fecha Avenida Brasil

Agentes dos dois estados tentam prender criminosos capixabas que movimentaram R$ 40 milhões em 1 ano

Agentes saíram para cumprir mandados de prisão na parte da Maré dominada pelo TCP e em endereços em Laranjeiras, Ramos e Campo Grande, no Rio, e em Vitória. Não foi informado quantos mandados são nem quem são os alvos. Durante a movimentação policial, um homem que não era procurado nesta quarta acabou preso em flagrante tentando roubar um caminhão (entenda abaixo).

No fim da madrugada, a Avenida Brasil chegou a ser fechada por alguns minutos. Houve intensos tiroteios e barricadas em chamas, mas não se tinha informação sobre feridos até a última atualização desta reportagem.

Aonde a polícia foi na Maré

Banco paralelo

A Secretaria de Segurança Pública do ES afirma que traficantes capixabas do TCP se instalaram na Maré para expandir atividades ilegais. As investigações apontam que, somente em 1 ano, a quadrilha movimentou pelo menos R$ 40 milhões.

Dados da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo mostram que o grupo capixaba extorquia dinheiro de funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás, que só podiam atuar na Maré mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 mil.

Para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo” — uma instituição financeira irregular que oferecia empréstimos para os moradores da comunidade.

“Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória (ES), movimentando R$ 43 milhões em menos de 1 ano. Nós pedimos também o bloqueio de diversas contas bancárias usadas para a lavagem de dinheiro dessa quadrilha”, explicou o subsecretário de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto.

As investigações começaram em novembro de 2023, após a prisão do traficante Luan Gomes de Faria, em Vitória. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, são conhecidos como os Irmãos Vera e eram os chefes do TCP no estado. Bruno veio para o Complexo da Maré após a prisão do irmão.

“Além de reforçar a integração entre as instituições, essa operação busca desarticular redes criminosas que ameaçam a segurança pública em escala regional. Vamos quebrar a estrutura financeira dessas organizações criminosas”, ressaltou o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos. “Território, hoje, é receita.”

Preso na área do CV

O homem preso foi identificado como Renê Gomes Silva, o RN da Nova Holanda, e não era alvo da Operação Conexão Perdida.

Ele acabou pego em flagrante ao tentar roubar um caminhão na Avenida Brasil para levar para a Nova Holanda, na área sob o jugo do Comando Vermelho. Ele estava de moto e, após uma rápida perseguição, caiu no asfalto.

Com informações do g1.

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