Negra, mãe, nordestina e mulher de Axé, Marcia Baiana é candidata a vereadora com foco na educação e na cultura em Nova Iguaçu

Márcia Baiana é candidata a vereadora de Nova Iguaçu pela federação PSDB-Cidadania. Fotos: Reprodução das Redes Sociais

Márcia Baiana é considerada, pelos amigos e apreciadores de suas iguarias, a ‘baiana mais iguaçuana do Brasil’. Ela qualifica gratuitamente mulheres para o ofício de baiana de acarajé.

Negra, mãe solo, nordestina e mulher de Axé – Márcia Correa Passos, ou, Márcia de Oxumarê, é iniciada no candomblé há mais de 30 anos quando, também, escolheu empreender levantando as bandeiras da culinária e da cultura afro com a cara do Nordeste. ” Vender acarajé e a comida do nosso povo! Naquele momento me dei conta do legado que estava prestes a dar prosseguimento e do tamanho dessa responsabilidade” – revela aquela que é considerada, pelos amigos e apreciadores de suas iguarias, a ‘baiana mais iguaçuana do Brasil’.

De lá pra cá foram diversas atividades como o tradicional tabuleiro de acarajé, a administração de restaurantes regionais nordestinos premiados e também a produção de eventos para promover e valorizar a cultura e a religiosidade afro-brasileiras. Desde 2005, pelo menos, ela organiza, entre outros projetos, seu caruru beneficente auxiliando instituições iguaçuanas doando alimentos, roupas e medicamentos. ”A Baiana”, como é carinhosa e popularmente conhecida, recebeu e apoiou durante os anos em que esteve à frente de seus antigos estabelecimentos, no coração de Nova Iguaçu, inúmeros artistas locais abrindo as portas para diversos movimentos culturais como: forró pé de serra, chorinho, comunidade cigana, afoxés e maracatu. Sua mais nova ”menina dos olhos” fica por conta do projeto Renascer onde, há pouco mais de quatro anos, qualifica gratuitamente mulheres para o ofício de baiana de acarajé. Enquanto Chef de Cozinha, conquistou o título de Embaixadora da Gastronomia da cidade de Nova Iguaçu.

Para Márcia, desenvolver iniciativas que melhorem a vida da população com foco na cultura, na educação, consequentemente na geração de emprego e renda; e na diversidade é a oportunidade de conseguir ampliar o trabalho que já havia iniciado em uma escala um pouco mais reduzida, agora, para toda a cidade. As tradições ligadas à ancestralidade e à cultura popular, segundo Márcia Baiana, são importantes para preservar a memória e o saber das comunidades negras e das periferias.

Márcia Baiana com Dudu Reina, seu candidato a prefeito

”É importante, sim, exaltar nossas raízes mas é preciso fazer isso saindo do campo das ideias e de meras ‘salvas de palmas’. Desenvolver e estimular a continuidade de projetos culturais é enxergar além da velha prática de somente produzir um eventinho aqui e ali para as pessoas. Precisamos de políticas públicas que contemplem os trabalhadores da cultura e da economia criativa. Agendas práticas com leis de incentivo aos bares, restaurantes, clubes e outros estabelecimentos para a contratação de artistas da cidade; leis que garantam e assegurem que parte do fundo municipal de cultura seja destinado também, para mães solo. Investir em cultura é investir em um setor capaz de movimentar toda a economia local.

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