Uma operação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), cumpre, nesta quarta-feira, mandados de busca e apreensão contra dois investigados — um deles um policial militar — no inquérito que apura o assassinato do vereador e ex-presidente da Portela Marcos Falcon, em 2016. Os alvos são ligados ao bicheiro Rogério de Andrade, preso desde outubro deste ano.
Os mandados expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Capital, a pedido do Gaeco, estão sendo cumpridos em endereços na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e em Madureira, na Zona Norte.
De acordo com o Gaeco, as investigações apontam conflitos entre a Falcon e Rogério Andrade. A rivalidade entre as escolas de samba representadas por cada um; o assassinato, em 2016, de Geraldo Antônio Pereira, amigo próximo de Falcon e inimigo do contraventor; a suspeita de que Falcon teria participado de um atentado a bomba que matou um dos filhos de Rogério; e a possibilidade do vereador e Geraldo Pereira estarem planejando matar o próprio Rogério estão entre as razões apontadas na investigação.
De acordo com os promotores, um dos alvos da operação e braço direito de Rogério de Andrade e tinha possuía ao menos duas fotos do corpo de Marcos Falcon, feitas logo após o seu assassinato. Outra imagem armazenada pelo suspeito era de uma urna eletrônica exibindo o número de campanha e a foto da vítima, já morta quando ocorreram as eleições. Também foram encontrados prints de mensagens suspeitas com o policial militar Anselmo Dionísio das Neves, conhecido como Peixinho, denunciado pelo MP por fraude processual, em agosto de 2023. De acordo com os promotores, Anselmo interferiu na investigação do homicídio de Marcos Falcon, retirando um dos celulares da vítima do local do crime.
A investigação apontou ainda a ligação entre Anselmo entre esse investigado e um policial militar da ativa, que é alvo de busca e apreensão, que teria sido um dos responsáveis pela tomada dos negócios deixados por Marcos Falcon após sua morte, em especial um chamado “campo do Falcon”.
Com informações de O GLOBO.