MP do Rio cobra informações a Cedae sobre a presença de poluentes e a falta de água em Niterói e São Gonçalo

Sistema fornece água para mais de 2 milhões de habitantes nos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e na Ilha de Paquetá

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou esclarecimentos à Cedae sobre as providências tomadas diante da detecção de possível agente poluente de origem química ou industrial no reservatório de água do Sistema Imunana-Laranjal, resultando na suspensão das atividades.

Este sistema é encarregado de fornecer água para mais de 2 milhões de habitantes residentes nos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e na Ilha de Paquetá.

Com uma ação coordenada e integrada entre o Grupo Temático Temporário designado pela Resolução GPGJ 2.582 (GTT-Saneamento Básico, Desastres Socioambientais e Alterações Climáticas) e os órgãos ministeriais com competência na área, o Ministério Público tenta entender as origens, os perigos envolvidos e as medidas adotadas pelos responsáveis pela preservação e monitoramento do reservatório, a fim de determinar as responsabilidades.

O MPRJ apura também os impactos no abastecimento potável de água nos municípios afetados pela paralisação da operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Laranjal.

A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Friburgo oficiou a companhia para que informe o que provocou a poluição, quais medidas foram adotadas para garantir a segurança da água que chega à população e a previsão para normalidade da operação.

Para tanto requer relatórios de monitoramento, ações de prevenção e mitigação adotadas para prevenir captação da água bruta contaminada, medidas do plano de contingência adotadas, bem como relatórios preliminares com a identificação dos possíveis responsáveis.

Também requereu ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para o recebimento de informações sobre a realização de fiscalização e investigação em curso pelo órgão para identificar as possíveis fontes de contaminação e os prováveis responsáveis. A promotoria requer as informações até a tarde de sexta-feira (05).

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