Ícone do site Nova Iguassu Online

Miriam Leitão é eleita para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Cacá Diegues

Jornalista e escritora com mais de cinco décadas de carreira, ela ocupará a cadeira número 7, antes pertencente ao cineasta morto em fevereiro

A jornalista e escritora Miriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para a Academia Brasileira de Letras (ABL), conquistando a cadeira número 7, anteriormente ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro deste ano. A informação foi publicada pelo O Globo, veículo do qual Miriam é colunista há mais de três décadas.

Com uma carreira de 53 anos no jornalismo, Miriam Leitão é uma das mais reconhecidas analistas políticas do país. Atualmente, integra o time de comentaristas da TV Globo, da GloboNews e da rádio CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão, na GloboNews. Ao longo da trajetória, trabalhou também na Gazeta Mercantil, no Jornal do Brasil e em outras redações de destaque.

Nascida em Caratinga, Minas Gerais, em 7 de abril de 1953, Miriam é filha de dois educadores: Uriel, pastor presbiteriano, e Mariana. A futura imortal da ABL começou sua atuação profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo até se estabelecer no Rio de Janeiro em 1986.

Miriam tem 16 livros publicados

Além da sólida carreira jornalística, Miriam Leitão também construiu um respeitado percurso na literatura, com 16 livros publicados. Sua obra transita por diversos gêneros, incluindo crônica, romance, literatura infantil e não ficção. Entre seus títulos mais conhecidos estão Saga brasileira, sobre os desafios econômicos do país, e o romance Tempos extremos.

A trajetória de Miriam é marcada também pelo ativismo político. Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, foi presa e processada com base na Lei de Segurança Nacional por sua oposição à ditadura militar. O episódio se tornou um símbolo da repressão sofrida por jovens militantes durante o regime.

Sua eleição para a ABL foi vista como um reconhecimento não apenas à contribuição literária, mas também à resistência democrática e ao compromisso com a informação crítica e ética. A cadeira número 7 já foi ocupada por nomes como Afrânio Peixoto, Pontes de Miranda e, mais recentemente, Cacá Diegues.

A posse de Miriam Leitão ainda será marcada em data a ser definida pela presidência da ABL.

Sair da versão mobile