Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (26), o presidente Lula (PT) assegurou que, enquanto estiver no cargo, os reajustes das aposentadorias e pensões continuarão vinculados ao aumento do salário mínimo.
“Não considero isso um gasto”, afirmou Lula, ao ser questionado sobre os ajustes nas pensões previdenciárias e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que paga um salário mínimo a deficientes e idosos com 65 anos ou mais. Ele destacou que impedir essa vinculação significaria não respeitar a correção inflacionária e o aumento do PIB.
Lula reforçou a importância do salário mínimo como um parâmetro de dignidade. “A palavra ‘salário mínimo’ é o mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que vou resolver a economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou pro céu, eu ficaria no purgatório.”
O presidente também defendeu que a distribuição justa da renda é fundamental para o desenvolvimento do país. “Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, desnutrição, analfabetismo e desemprego. Pouco dinheiro na mão de muitos significa aumento de renda, do consumo, do desenvolvimento, da educação e da saúde.”
Lula enfatizou a necessidade de garantir que todos os brasileiros tenham condições de viver dignamente, afirmando que o crescimento do PIB deve ser distribuído de maneira equitativa entre os 213 milhões de cidadãos. “Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos.”