O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da 16ª Cúpula do BRICS, que acontecerá em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro, informou comunicado do Planalto divulgado nesta segunda-feira (14). Acompanhado de uma delegação ministerial, o presidente será recepcionado com uma cerimônia de boas-vindas no dia 22, seguida de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Será a primeira cúpula do BRICS com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o BRICS era formado apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No dia 23, estão previstas as sessões plenárias dos membros e um jantar com os convidados que participarão do segmento do dia 24, para o qual foram convidados, pela presidência russa, cerca de 30 países e organizações internacionais.
“Nas margens da reunião da Cúpula, o presidente Lula cumprirá agendas bilaterais com alguns presentes em Kazan. Há uma declaração a ser emanada intitulada Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro, são 106 parágrafos que abrangem os avanços alcançados durante as negociações setoriais”, destacou o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Eduardo Paes Saboia, durante briefing à imprensa.
Durante a cúpula, os líderes dos atuais 10 países membros discutirão temas globais como a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além de receberem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Conselho Empresarial do BRICS e da Aliança Empresarial das Mulheres. No segmento com convidados, por sua vez, estão previstas discussões sobre questões internacionais de cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O principal tema da reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros. “Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, foram incorporados novos membros plenos e, naquela ocasião, se encomendou ao canal de Sherpas a elaboração da categoria de parceiros. É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria”, detalhou Saboia.
Com informações do portal Brasil 247