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Licitação para definir novo operador das barcas no Rio já tem data marcada pelo governo

Governo do Estado divulga licitação para definir novo operador das barcas no estado

Pela nova modelagem, desenvolvida por meio da Secretaria de Transportes, mais moderna e eficiente, a remuneração será baseada em milhas náuticas, não mais na tarifa paga pelo passageiro


A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) publicou, nesta sexta-feira (11/10), a data de abertura da licitação para contratação de empresa especializada para a prestação dos serviços do transporte aquaviário: 22 de novembro de 2024. A concorrência eletrônica terá critério de julgamento de menor preço global.

– É mais uma conquista extremamente importante para a mobilidade urbana. O edital é resultado de mais de um ano de trabalho intenso, buscando a melhor solução para as 40 mil pessoas que utilizam o sistema todos os dias. Estamos atuando por um serviço cada vez mais eficiente e com base em dados técnicos – afirma o governador Cláudio Castro.

O trabalho foi feito dentro do prazo anunciado em março, quando a Setram promoveu uma audiência pública, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o objetivo de apresentar a nova proposta de modelagem para especialistas, usuários e sociedade civil.

O novo modelo de prestação de serviços foi elaborado para substituir o atual, vigente desde 1998, apontado por estudos da UFRJ, como não sustentável economicamente. O modelo que será adotado terá um período transitório de 5 anos até que se encontre uma solução definitiva. A CCR Barcas, que opera o sistema desde 2012, deverá ficar à frente da operação até fevereiro de 2025, conforme Termo de Acordo homologado pela Justiça.

Principais mudanças da nova modelagem

Uma das principais alterações da nova modelagem é que o contrato será por Prestação de Serviço, já praticado em diversos estados brasileiros, como São Paulo e Espírito Santo. Com isso, o Governo do Estado será responsável pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros, consistindo em uma execução indireta, o que assegura total controle sobre a prestação do serviço.

A receita da tarifa paga pelo passageiro passará a ser do Governo do Estado e será utilizada para pagamento de parte do valor do contrato. Além disso, o Governo terá liberdade para ajustar a grade horária de viagens e o valor da passagem.

Outra novidade é que o novo operador será remunerado com base na quantidade de milhas náuticas determinadas a partir da grade atual, ao invés da tarifa paga pelo usuário. O valor de cada milha náutica é de R$ 1.446,40.

Está previsto ainda a criação de indicadores de performance mais modernos e controles ambientais. Vale destacar que não haverá redução de viagens ou horários e todas as linhas serão mantidas. Quanto a novos trajetos, os estudos da UFRJ incluem o trecho Paquetá-Cocotá e a linha social Charitas-Praça XV, cuja operação e valor da tarifa serão definidos junto à Prefeitura de Niterói. Outros trechos poderão ser criados, de acordo com a demanda de passageiros, a viabilidade econômica e a capacidade operacional.

Atenção com o meio ambiente

O prestador de serviço deverá contratar um sistema de limpeza da Baía de Guanabara, contribuindo para o meio ambiente e reduzindo danos às embarcações, além de providenciar estações de monitoramento da qualidade do ar.

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