O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), realizou na última terça-feira, 3 de junho, uma vistoria para analisar a contaminação por chorume na bacia do rio Iguaçu/Sarapuí. A diligência, determinada pelo Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), teve como objetivo verificar o nível de contaminação em pontos específicos dos corpos hídricos da bacia, no município de Duque de Caxias.
Impacto do Chorume na Baía de Guanabara e Comunidades Locais
A procuradora de Justiça Rosani da Cunha Gomes, integrante do GAEMA/MPRJ, alertou para a abrangência do problema: “O chorume e os poluentes lançados nas águas de Duque de Caxias não ficam restritos ao município. Eles se espalham e atingem ecossistemas sensíveis, chegando à Baía de Guanabara, bem como às suas áreas de manguezais, contribuindo para o agravamento da crise ambiental que há anos compromete esse patrimônio natural, além de prejudicar as comunidades ribeirinhas e o sustento dos pescadores”.
A vistoria contou com a participação de técnicos do GATE/MPRJ, professores e pesquisadores da Fiocruz e da Coppe/UFRJ, e representantes de associações de pescadores, todos interessados nas condições ambientais dos corpos hídricos da região.
O chorume é um líquido resultante da decomposição de matérias orgânicas, com alto potencial de degradação da qualidade ambiental. Sua produção envolve bactérias, fungos, microrganismos e pequenos animais, gerando um material rico em nutrientes.