O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, principal indicador da qualidade da educação no Brasil, apresentou uma melhora nos anos iniciais do ensino fundamental, mas manteve-se praticamente estável nos anos finais e no ensino médio, quando comparado à edição anterior, de 2021.
O ministro da Educação, Camilo Santana, divulgou os resultados nesta quarta-feira (14), ressaltando que, embora o índice nos anos iniciais tenha alcançado a meta nacional, os demais segmentos ainda enfrentam desafios.
O Ideb, que varia de 0 a 10, é calculado bienalmente para os anos iniciais e finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Em 2023, o índice nos anos iniciais do fundamental atingiu 6,0, superando o resultado de 2021, que foi de 5,8. O ministro comemorou o alcance da meta nacional: “Alcançamos as metas nos anos iniciais do ensino fundamental no Brasil. Precisamos comemorar isso”, destacou.
Índices não superam os anteriores à pandemia
No entanto, nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb caiu de 5,1 em 2021 para 5,0 em 2023. No ensino médio, a variação foi mínima, passando de 4,2 para 4,3. Importante destacar que, mesmo com esses números, o Ideb de 2023 não superou os resultados obtidos antes da pandemia em nenhuma das etapas avaliadas em português e matemática.
O Rio Grande do Norte se destacou negativamente, ficando entre os estados com os piores desempenhos em todas as etapas analisadas: 5,3 nos anos iniciais do ensino fundamental, 4,1 nos anos finais e 3,7 no ensino médio. Outros estados que também registraram baixos índices nos anos iniciais foram Sergipe, Pará e Amapá. Nos anos finais, Roraima e Bahia tiveram desempenho insatisfatório. Já no ensino médio, Maranhão, Rio de Janeiro e Bahia apresentaram as piores notas.
Por outro lado, Paraná, Ceará, Goiás e São Paulo figuraram entre os estados com melhores desempenhos em todos os níveis avaliados. “Não queremos uma competição entre estados, mas desejamos que todos atinjam a meta do Brasil”, afirmou o ministro Camilo Santana.
Com informações de O Globo