Governo Lula impede participação de embaixadora brasileira na Venezuela em reunião com Maduro

Lula com Maduro. A foto é de André Coelho/EFE.

Sem ter reconhecido oficialmente o resultado das eleições na Venezuela, o Itamaraty proibiu nesta segunda-feira (29) a presença da embaixadora brasileira em Caracas em reunião convocada pelo presidente Nicolás Maduro, reeleito em um pleito que sofre contestações internacionais.

Maduro foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, mas o Brasil e outros países cobram que sejam franqueadas as atas eleitorais, uma vez que a oposição denunciou fraudes no pleito de domingo. Além disso, institutos de pesquisa independentes, em sondagens de boca de urna, apontaram para a vitória do candidato oposicionista.

A missão brasileira que foi à Venezuela, liderada pelo assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim, adiou para amanhã o seu retorno previsto para esta segunda-feira (29). Amorim afirmou ao Globo que o Brasil ainda não possui elementos suficientes para validar a reeleição de Maduro.

Amorim pretende consultar observadores internacionais, analistas locais e manter diálogos com outros governos estrangeiros. Em conversas já realizadas, destacou a necessidade de transparência no processo eleitoral, enfatizando a importância das atas verificadas para reconhecer o resultado do pleito.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse, em nota divulgada nesta segunda-feira], que “acompanha com atenção o processo de apuração” das eleições venezuelanas e que “nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

*com informações do Brasil 247

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