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Governo federal estuda medidas para conter preços dos alimentos e reúne ministros e empresários nesta quinta

Aumento do custo da comida gera desgaste para o governo

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se reunirá com empresários do setor de alimentos nesta quinta-feira (6) para discutir a inflação dos produtos alimentícios.

O governo federal estuda medidas para tentar conter os aumentos. O tema afeta a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A questão é uma das principais preocupações do presidente Lula no momento, porque tem um grande impacto em como a população enxerga o governo. Segundo especialistas, esse é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o Executivo enfrenta atualmente.

Dois encontros vão ser coordenados pelo vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O primeiro será pela manhã no gabinete da Vice-Presidência da República e terá a participação dos ministros Carlos Fávaro (PSD-MT), da Agricultura e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário (PT-SP), além de representantes de outros ministérios.

Já à tarde, Alckmin receberá no Ministério da Agricultura representantes do setor de alimentos.

No encontro desta quinta, de acordo com o blog do jornalista Valdo Cruz, Alckmin irá avaliar as medidas propostas ao longo da semana passada por setores da economia, como produtores rurais e proprietários de supermercados, enviadas aos ministros.

Depois da reunião técnica, Lula deve chamar sua equipe para tentar definir que medidas podem ser adotadas no tema.

Preço da comida aumentou

O preço da comida ainda vai pesar em 2025, mas não mais do que no ano passado, afirmam economistas ouvidos pela reportagem do g1.

Em 2024, os alimentos ficaram 7,7% mais caros em relação a 2023, de acordo com o IPCA, que é a inflação oficial. Mas a expectativa dos analistas é de que os preços desacelerem neste ano.

Os fatores que pressionaram a inflação de alimentos no Brasil desde 2020 — Foto: Arte g1

Um sinal disso foi que, em janeiro, a alta para este grupo no IPCA foi de 0,96%, inferior ao 1,18% registrado em dezembro.

Mas quais produtos deverão dar um alívio mais rápido para o bolso do consumidor e quais continuarão sendo “vilões” da inflação? Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem:

O economista Roberto Mendonça de Barros, fundador e sócio da consultoria MB Associados, prevê que os preços dos alimentos encerrem 2025 com uma alta em torno de 6%.

Já André Braz, economista do Ibre-FGV, estima que esse grupo deve ter uma inflação entre 7% e 6,5%, ou menor.

Entre os motivos para isso estão:

Braz pontua que as famílias de baixa renda não devem sentir tão forte a desaceleração da inflação de alimentos, já que os preços desses itens vêm subindo há alguns anos acima da inflação média do Brasil.

“De janeiro de 2020 a dezembro de 2024, a alimentação subiu 55%, e o IPCA (o índice geral), 33%. Se os salários são corrigidos pelo IPCA, ou por algo em torno do IPCA, isso é péssimo para famílias de baixa renda que consomem, basicamente, toda a renda na compra de alimentos”, diz Braz.

Com informações do g1.

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