O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro (DRE/RJ) cumprem 18 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, nesta quinta-feira (27/06). Os alvos integram uma organização criminosa denunciada pelo GAECO/MPRJ pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Os mandados da operação CashBack estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
O líder da organização criminosa foi preso na quarta-feira (26/06), em Itapema, em Santa Catarina. Com ele foram apreendidos três veículos de luxo, R$ 20 mil, relógios da marca Rolex e vários aparelhos de telefone celular. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Capital Especializada em Organização Criminosa.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é responsável pelo transporte de drogas entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O esquema criminoso abastecia as comunidades do Complexo do Alemão, no bairro da Penha, e o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Elas tiveram início na Polícia Federal, para identificar integrantes da facção criminosa Comando Vermelho envolvidos no esquema de tráfico interestadual.
Em janeiro de 2022, policiais federais interceptaram um carro na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Piraí, com R$ 1.525.832,00 escondidos no compartimento de carga. Diante dos indícios de que o dinheiro se tratava de produto da venda de drogas e/ou armas para traficantes, foi instaurado o inquérito policial que resultou na denúncia do GAECO/MPRJ.
Durante as investigações, grande quantidade de drogas foi apreendida, destaca-se que em maio de 2022, a equipe da DRE/RJ fez duas apreensões de drogas vinculadas ao grupo criminoso, a primeira de 805 kg de cocaína em Pirai e, logo em seguida, 808 kg de cocaína em Seropédica.
De acordo com o GAECO/MPRJ, a investigação mostrou a existência de um esquema financeiro estruturado para a ocultação dos valores obtidos com a venda das drogas. Revelou que carros de luxo foram adquiridos e levados para o Mato Grosso do Sul, para servir de pagamento pela aquisição das drogas. Além disso, contas bancárias de terceiros, pessoas físicas e jurídicas, foram utilizadas para movimentar as quantias. No primeiro semestre de 2021, o grupo movimentou R$ 15 milhões. Um único integrante chegou a movimentar, entre março e dezembro do mesmo ano, R$ 14 milhões.
Por MPRJ