GAECO/MPRJ e Polícia Civil deflagram operação em quatro estados para desarticular ramificações de facção criminosa Comando Vermelho

Fotos: Divulgação Polícia Civil

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos), cumprem, nesta terça-feira (13/05), 22 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. A operação mira uma célula interestadual da organização, com ramificações na Paraíba, São Paulo e Mato Grosso. A facção tem atuação em diversas comunidades do Rio e também ‘importava’ criminosos de outros estados, com capacidades operacionais específicas. Até o momento, seis criminosos foram presos.

Os 22 alvos da operação Plexo foram denunciados pelo MPRJ pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de armas, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Entre os alvos da operação está Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca.

Os mandados expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias estão sendo cumpridos em endereços no Complexo do Alemão, na Comunidade da Grota, Itanhangá, Benfica, Pavuna, Rocha Miranda, Bonsucesso, Guadalupe, São Cristóvão, Riachuelo e Barra da Tijuca. Também há mandados de prisão e de busca e apreensão sendo cumpridos na Paraíba (Cabedelo e João Pessoa), em São Paulo (Araras e Fazendinha) e em Mato Grosso (Pontes e Lacerda). De acordo com a denúncia do GAECO/MPRJ, o núcleo do Comando Vermelho desarticulado na operação tem base nas comunidades da Muzema, Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Penha e Duque de Caxias, com ramificações nos três estados citados.

Alvos responsáveis pela logística
As investigações atribuem o comando da estrutura a duas figuras centrais: Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, conhecido como Dom, liderança da célula paraibana do Comando Vermelho; e Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, o Da Roça, articulador da Muzema. Ambos, escondidos no Complexo do Alemão, comandavam remotamente operações logísticas, articulando o transporte de drogas e armas entre estados, coordenando o abastecimento de comunidades no Rio de Janeiro e gerenciando esquemas de lavagem de dinheiro com o uso de contas bancárias e empresas em outros estados. Foragidos de outros estados também integram a estrutura, reforçando a logística e blindagem da organização, que operava com elevado grau de profissionalização e resistência à repressão estatal.

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