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GAECO/MPRJ denuncia organização por roubo de cargas na Baixada Fluminense e realiza operação conjunta com a Polícia Civil

Polícia Civil e MPRJ realizam operação contra roubo de cigarros no RJ. Foto: Divulgação / Polícia Civil.

Carga era levada por bandidos para a comunidade da Maré. Um policial está envolvido com a organização que fazia da fábrica de cigarros Sozua Cruz a principal vítima dos criminosos

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e a Polícia Civil, pela 60ª Delegacia de Polícia (Duque de Caxias), cumprem 16 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (24/09). Os alvos da segunda fase da Operação Torniquete integram uma associação criminosa voltada para a prática de roubo de cargas variadas, na Baixada Fluminense, em especial contra a empresa de cigarros Souza Cruz, a principal vítima dos criminosos. Até a última atualização destareportagem, cinco pessoas já haviam sido presos.

O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça 16 homens pelos crimes de associação criminosa armada. Entre os denunciados, há um ex-policial militar. A inicial da ação penal foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Os mandados obtidos pelo GAECO/MPRJ estão sendo cumpridos em Duque de Caxias, São João de Meriti, Itaboraí e na Capital (Barros Filho e Bangu – Complexo Penitenciário de Gericinó). A ação conta com o apoio do 15º Batalhão de Polícia Militar (Duque de Caxias).
As investigações apontam, pelo menos, 15 ocorrências de roubo de cargas de cigarro, entre os anos de 2019 e 2020, envolvendo os denunciados. O GAECO/MPRJ e a Polícia estimam que a associação criminosa tenha roubado 240.485 mil maços de cigarro da empresa Souza Cruz. A denúncia do GAECO/MPRJ também destaca a participação do grupo em roubos de cargas de alimentos, compras online, eletrodomésticos e veículos.

A ação penal encaminhada ao Judiciário detalha trocas de mensagens entre os criminosos, nas quais eles planejam a execução dos crimes. Os áudios analisados pela Civil mostram conversas que mencionam a intenção de levar o motorista de um dos roubos para a Comunidade Nova Holanda e que teriam 45 minutos para descarregar a carga. As investigações também revelaram a aliança entre os denunciados e traficantes, estabelecendo que parte da carga seria entregue à “boca” para garantir a entrada dos produtos roubados naquela localidade. Em outras gravações, eles discutem a necessidade de uma van para transportar a carga roubada.

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