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Frente Fria avança e faz “paredão invisível” no Estado do RJ que vai sentir os reflexos

Temperaturas terão alterações por conta de bloqueio atmosférico e população vai sentir na pele. Entenda tudo na reportagem

O estado do Rio de Janeiro enfrenta um dos verões mais quentes dos últimos anos, com temperaturas que chegaram a mais de 41°C em algumas cidades e sensação térmica ainda mais elevada. No entanto, uma frente fria estacionária sobre o Oceano Atlântico, próxima ao litoral de Santa Catarina e Paraná, pode trazer algum alívio nos próximos dias, segundo meteorologistas.

Apesar da expectativa de queda nas temperaturas, os especialistas alertam que a mudança não será significativa. O calor continuará predominando, especialmente no interior do estado. A previsão é de que essa frente fria permaneça ativa até quinta-feira (20), perdendo força gradualmente a partir da sexta-feira (21). Isso acontece porque a umidade que mantém o sistema ativo – vinda do leste dos Andes e da Floresta Amazônica – começará a diminuir.

O que esperar nos próximos dias?

À medida que a frente fria se desloca para o leste, em direção ao oceano, seu efeito no território fluminense será mais limitado. Segundo Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri/Unicamp, “o sistema não terá força suficiente para causar uma queda expressiva nas temperaturas, mas pode ajudar a reduzir o calor extremo em algumas regiões, principalmente na capital e no litoral”.

A previsão indica que, a partir desta quinta-feira (20), o Rio de Janeiro terá máxima de 39°C, um alívio em relação aos 42°C registrados nos últimos dias. Em Nova Friburgo, na Região Serrana, as temperaturas devem cair de 38,3°C para 32°C, trazendo um respiro para a população.

Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que algumas áreas do estado podem registrar pancadas isoladas de chuva, especialmente na Região Serrana e no Sul Fluminense. Contudo, a tendência ainda é de tempo seco e quente na maior parte do estado.

Por que está tão quente?

Apesar da influência do fenômeno La Niña, que geralmente provoca temperaturas mais amenas e aumento das chuvas, este ano seus efeitos estão enfraquecidos. Segundo o meteorologista da Climatempo, César Soares, isso se deve ao fato de que o oceano Atlântico está até 5°C mais quente do que o normal, criando um bloqueio atmosférico que impede a chegada de frentes frias e umidade da Amazônia.

“A temperatura do oceano na região costeira do Sudeste está muito acima da média. Mesmo com o La Niña, não temos um aporte significativo de umidade para formar nuvens e bloquear os raios solares. O resultado é um calor intenso e prolongado”, explica Soares.

Com esse bloqueio atmosférico, as frentes frias que normalmente trariam um respiro acabam perdendo força antes de chegarem ao estado. Essa condição deve continuar ao longo das próximas semanas, mantendo as temperaturas elevadas pelo menos até o fim do mês.

Cuidados com o calor continuam

Mesmo com a chegada da frente fria, o calor ainda será intenso nos próximos dias. Especialistas reforçam a importância de tomar precauções para evitar problemas de saúde causados pelas altas temperaturas:

O calor intenso e o bloqueio atmosférico reforçam o impacto das mudanças climáticas no país, exigindo cada vez mais atenção às variações meteorológicas.

A recomendação é acompanhar os boletins meteorológicos para se manter informado sobre as condições do tempo nos próximos dias.

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