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Flórida começa a sentir impactos do furacão Milton

Milton é uma das tempestades mais poderosas que se formaram no Atlântico Norte nos últimos anos

A Flórida, habituada a lidar com furacões poderosos, está se preparando para a chegada do Furacão Milton, que pode se tornar um dos mais destrutivos da história recente. Milton, que se intensificou rapidamente para a Categoria 5, ameaça causar danos sem precedentes na costa oeste do estado. Ele surge apenas duas semanas depois de o furacão Helene ter causado danos significativos nos EUA.

De acordo com uma atualização do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), a velocidade de vento do furacão caiu ligeiramente para aproximadamente 257 km/h. Porém, especialistas alertam para o fato de que, embora condições climáticas ao longo da costa possam diminuir sua força, Milton ainda deve causar uma destruição significativa ao tocar na terra, o que deve acontecer entre hoje à noite e nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, obrigando milhões de moradores a evacuarem suas residências

O centro da tempestade está a cerca de 480 km a sudoeste de Tampa, na Flórida. E as autoridades da região já começam a registrar os impactos do sistema de baixa pressão. Nesta quarta-feira, já foram emitidos vários avisos para tornados no estado.

A tempestade ainda deve enfraquecer para um grande furacão de categoria 4 quando chegar à Flórida. Ela trará chuvas muito pesadas e ventos poderosos por grande parte da Península da Flórida.

O campo de vento da tempestade deve se expandir muito antes de chegar à costa, o que significa que seus impactos devastadores serão sentidos em uma grande área.

Incluindo Milton, apenas 42 furacões ficaram tão poderosos no Atlântico no registro, de acordo com dados da A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) .

Antes desta temporada, apenas dois furacões de categoria 5 percorreram a bacia na década de 2020: Ian de 2022 e Lee de 2023.

Preparativos e evacuações

Enquanto o Furacão Milton avança, milhões de residentes da Flórida já foram aconselhados a deixar suas casas. As estradas que ligam as cidades costeiras ao interior do estado estão congestionadas, e os principais aeroportos, como o Aeroporto Internacional de Orlando e o Aeroporto Internacional de Tampa, já suspenderam todas as operações. A evacuação é uma tarefa complicada, pois muitas áreas ainda estão se recuperando dos danos causados pelo Furacão Helene.

Parques temáticos famosos, incluindo os da Disney e da Universal, interromperam suas atividades em antecipação à tempestade.

As autoridades locais têm trabalhado incansavelmente para garantir que os recursos necessários estejam disponíveis para ajudar as pessoas a evacuarem com segurança. O governo do estado, em parceria com empresas de transporte, disponibilizou rotas de evacuação gratuitas e reforçou os estoques de combustível em áreas estratégicas para evitar uma possível crise de abastecimento.

Consequências econômicas e sociais

A chegada do Furacão Milton não só ameaça a infraestrutura física da Flórida, mas também apresenta um impacto econômico e social considerável. A região afetada é uma das mais densamente povoadas do estado, e muitos negócios já foram forçados a fechar as portas. O turismo, uma das principais indústrias da Flórida, também sofreu um grande impacto, com milhares de voos cancelados e turistas sendo obrigados a abandonar seus planos de viagem.

Além disso, os danos materiais podem alcançar bilhões de dólares. Os seguros contra desastres naturais já estão sendo ativados em larga escala, e muitas famílias enfrentam a difícil realidade de reconstruir suas vidas após a passagem do furacão.

O impacto das mudanças climáticas

O Furacão Milton serve como mais um lembrete do impacto crescente das mudanças climáticas sobre os padrões climáticos globais. Estudos recentes indicam que as temperaturas crescentes dos oceanos estão alimentando furacões mais fortes e de rápida intensificação, como é o caso de Milton. Esse fenômeno, conhecido como “intensificação rápida”, já foi observado em outros grandes furacões e se torna cada vez mais comum.

A ciência por trás desse fenômeno mostra que, à medida que os oceanos continuam a aquecer, a energia disponível para alimentar tempestades tropicais aumenta, tornando os furacões mais poderosos e imprevisíveis. Especialistas climáticos têm alertado que, sem ações concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a frequência e a intensidade de furacões como Milton devem aumentar nas próximas décadas.

O que é um furacão — e como eles se formam?

Os furacões — às vezes, chamados de ciclones ou de tufões — são um tipo de tempestade tropical que se forma no Atlântico Norte. Eles trazem ventos fortes e chuvas intensas.

Quando o ar do oceano está quente e úmido, ele sobe e depois começa a esfriar — o que causa a formação de nuvens.

Às vezes, esse ar ascendente pode se deslocar no topo do furacão mais rápido do que pode ser substituído na superfície, fazendo com que a pressão na superfície caia.

A queda da pressão faz com que os ventos acelerem, com mais ar sendo puxado para dentro à medida que o furacão se fortalece.

A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) previu que a temporada de furacões de 2024 seria mais ativa do que o normal.

O aumento da temperatura média do nível do mar devido às mudanças climáticas causadas pelo ser humano foi parcialmente responsável, segundo eles.

O que é um furacão de categoria 5?

Os furacões de categoria 5 são considerados “catastróficos” pela Noaa.

Eles têm ventos com velocidades superiores a 249 km/h — e podem causar “danos muito graves e extensos”.

A agência governamental dos EUA pede que sejam realizadas “evacuações em massa” em áreas residenciais perto da costa, uma vez que um furacão de categoria 5 também pode provocar marés de tempestade com ondas de mais de 5 metros e destruir muitas casas.

Árvores e linhas de transmissão de energia elétrica também podem ser derrubadas, causando o isolamento de áreas residenciais e longos cortes de energia. O Noaa adverte que as áreas afetadas podem ficar inabitáveis ​​por semanas ou meses.

Com informações da CNN Brasil, portal MixVale e BBC.

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