
A torcida do Flamengo vai lotar o Maracanã para empurrar o time ( foto: Paula Reis / Flamengo
Líder do Grupo C da Libertadores com três pontos ganhos, o Flamengo tem nesta quarta-feira (09/04) a chance de ampliar a vantagem sobre seus adversários, pois enfrenta o Central Córdoba (Argentina), às 21h30, no Maracanã, com transmissão da Rede Globo. Até às 7h de hoje, 50 mil ingressos já haviam sido vendidos.
Invicto em 2025, o técnico Filipe Luís poderá ter o retorno de Pedro, que estava fora há sete meses tratando de uma contusão no joelho. Por causa do desgaste em duas competições (Libertadores e Brasileirão), Filipe Luís poderá fazer mudanças. Plata poderá começar jogando, enquanto Pulgar, Cebolinha, De la Cruz e Alexsandro tendem a ser perder preservados por causa da sequência de jogos. Pedro ficará no banco e Bruno Henrique começa jogando.

O time está escalado com: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro (Ayrton Lucas); Pulgar (Everton Araújo), De la Cruz (Luiz Araújo), Arrascaeta; Gerson, Plata e Bruno Henrique.
Argentinos não estão bem no campeonato local
Após empatar com a LDU na estreia da Libertadores jogando em casa, o Central Córdoba poupou jogadores no campeonato argentino e perdeu para o Unión Santa Fé. A equipe não terá desfalques para o confronto contra o Flamengo.
O time argentino vai a campo com:
Aguerre; Santiago Moyano, Lucas Abascia, Lautaro Rivero, Braian Cufré; Iván Gómez, Jonathan Galván, José Florentín; Luis Miguel Angulo, Matías Perelló e Leonardo Heredia.
Em outro jogo do grupo, a LDU recebe o Deportivo Táchira, às 23h
Técnico do Córdoba lutou na Guerra das Malvinas

Omar de Felippe (centro), técnico do Central Córdoba, durante homenagem no Dia dos veteranos e caídos da Guerra das Malvinas — Foto: Divulgação/Central Córdoba
Por maior que seja a diferença técnica entre Flamengo e Central Córdoba-ARG, uma qualidade não faltará ao adversário dos rubro-negros no jogo de hoje: resiliência. É uma lição que vem do exemplo dado pelo próprio treinador. Embora não tenha passagem marcante por nenhum dos grandes clubes do país, Omar de Felippe é um personagem respeitado do futebol argentino. Nos anos 1980, ele lutou na Guerra das Malvinas e sobreviveu para seguir a carreira no esporte.
Obviamente, não é uma experiência da qual ele traz boas lembranças. Levou nove anos para falar sobre o tema de tão traumatizado que ficou. Em 1982, conciliava o serviço militar com as atividades de jogador na base do Huracán-ARG, quando foi convocado para fazer parte do grupo que entraria nas Ilhas Malvinas para enfrentar a ocupação britânica.
O treinador se recorda da saída do país, com a população saudando os soldados e os tratando como heróis, o que o fez se sentir como a caminho da Copa do Mundo. Mas logo a euforia daria lugar à realidade.
— Éramos mais ou menos 100 (soldados) no chão do avião, que era comercial, mas sem assentos. Na viagem de seis horas até Río Gallegos ninguém falou nada. E nem de Río Gallegos até as Malvinas. Foi aí que dissemos: “A coisa é séria” — contou em entrevista à revista “El Gráfico”.
Nas Malvinas, o exército do país sul-americano chegou a ocupar o território por dois meses. Até que as forças do Reino Unido o retomaram. O saldo foi de mais de 600 argentinos mortos contra cerca de 200 britânicos.
De Felippe lembra de ter escapado da morte ao menos duas vezes. Uma quando seu capitão lhe ordenou que mudasse de posto e, segundo depois, uma bomba explodiu no exato local. A outra se passou ao fim da guerra. Mesmo devidamente rendida, sua tropa foi atacada. Alguns companheiros morreram no caminho. Para ele, restou o horror das imagens.
*com informações do Globo.