Em meio às trocas de farpas entre Arthur Lira e Alexandre Padilha, o governo exonerou hoje Wilson César de Lira Santos — primo do presidente da Câmara — do cargo de superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Alagoas.
Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, lideranças do MST já vinham defendendo a saída de César de Lira do posto. Os sem-terra pleiteiam trocas em chefias do órgão, que é responsável por gerir os processos de regularização de assentamentos — a família de Lira é ligada ao agronegócio, um dos principais entraves para a reforma agrária.
Na semana passada, trabalhadores rurais vinculados a diferentes movimentos sociais ocuparam a sede do Incra em Alagoas e o prédio só foi desocupado após o grupo conseguir agendar reuniões com o governo federal para tratar do tema.
O MST quer que José Ubiratan Resende Santana, servidor de carreira do Incra lotado no estado, substitua César de Lira.
Cesar de Lira foi nomeado para o Incra ainda no governo Temer. Passou incólume pela era Bolsonaro. E, com a ajuda do primo, manteve-se firme e forte no Lula 3. Até que o Palácio do Planalto resolveu rifá-lo. Aguarda-se agora a reação do presidente da Câmara.