Eduardo Paes sai em defesa dos evangélicos e combate polarização religiosa

Candidato à reeleição, prefeito do Rio expôs ataques que recebe por contar com apoio de algumas lideranças

“Cristão apoiando Eduardo Paes?” Foto com pastor? Perdeu meu voto”. “Como você pode se misturar com essa gente, Dudu?”. Estes são alguns dos comentários expostos pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, que ele diz receber por conta do apoio que recebe de lideranças religiosa, sobretudo dos evangélicos.

Segundo Paes, os ataques se intensificaram nas últimas semanas e acontecem sempre que ele faz alguma publicação com alguma liderança evangélica.

“Ao longo das últimas semanas comentários desse tipo se tornaram comuns sempre que eu faço uma publicação com alguma liderança evangélica. O fato mais impressionante é que, apesar de terem a mesma fundamentação, eles vêm muitas das vezes de extremos opostos. Um lado trata os evangélicos como se eles fossem seres à margem da sociedade, como se fossem pessoas de outro planeta. E o outro acredita que detém toda autoridade sobre o pensamento e as decisões de quem é evangélico. São dois lados de uma mesma moeda, a moeda da divisão, a morada do conflito, dessa ideologia que cega”, afirmou Paes.

No vídeo postado em suas redes sociais, Paes atribui a intolerância religiosa àqueles que ele chamou de “fiscais da fé alheia”.

“Agem como se fossem advogados de Jesus, como se Ele precisasse de defesa. Mas na verdade, são verdadeiros fiscais da fé alheia. Estão mais preocupados em julgar o próximo por ter uma opinião diferente, do que empenhados em seguir a Palavra. Esses estão inclusive tentando a todo custo desqualificar centenas de pastores, pastoras, missionários e artistas evangélicos por terem declarado apoio à minha reeleição. A cegueira da ideologia é tão assustadora que eles contestam até mesmo a autoridade de líderes que há décadas fazem um trabalho sério de evangelização”, disse.

Ainda segundo Paes, por ser prefeito do Rio, ele acaba “tomando pedrada” dos extremistas, independente da religião.

“Mas o que os dois extremos esquecem é que quem tá aqui sentado nessa cadeira não chegou ontem. Esquecem que a maioria esmagadora das lideranças religiosas e do povo, me conhece. Conhece o Eduardo Paes, que hoje todo mundo chama de Dudu, que está aí há mais de 30 anos, desde quando era subprefeito, rodando essa cidade de uma ponta a outra. Esse cara aqui, que é cristão, católico, casado, pai de dois filhos, prefeito da cidade mais incrível e abençoada do mundo, sempre fez política construindo pontes e não muros. Sempre preferiu o debate em vez do embate. Sempre tentou o consenso entre os divergentes. No fundo acho que é isso que incomoda tanto esses radicais. Vivo apanhando de tudo que é canto, se a Prefeitura apoia Carnaval, show e eventos, me tacam pedra e dizem que eu estou promovendo destruição de valores. Se apoia festival religioso, show gospel, Marcha pra Jesus, dizem que eu estou comprando voto dos evangélicos. Mas nada disso me faz desanimar do meu propósito, porque eu acredito numa cidade e em um mundo onde todo mundo tenha voz, tenha liberdade, e tenha seus direitos garantidos e respeitados”, ressaltou.

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