Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o prefeito Eduardo Paes entraram em campo e agem nos bastidores para que a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) seja mantida pelo plenário da Câmara dos Deputados, informa Malu Gaspar, em O Globo. São necessários 257 votos para que Chiquinho, preso como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), não seja solto.
Enquanto líderes do Centrão e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PRD-SP) trabalham para que ele seja solto, Paes e o decano do STF, Gilmar Mendes, agem na direção contrária.
Mende e Paes estão telefonando para os deputados e pedem que eles compareçam ao plenário logo mais e votem para manter Brazão na cadeia, confirmando a decisão do ministro Alexandre de Moraes. A falta de quórum trabalha a favor de Chiquinho. Mesmo que a maioria dos presentes na sessão da Câmara vote por mantê-lo preso, essa decisão não terá validade caso não se atinja o quórum mínimo de 257 votos pela prisão (maioria simples da Câmara).
Nessas conversas reservadas com parlamentares, ministros do STF alegam que o caso é grave e que, caso seja solto, Brazão pode atrapalhar o andamento das investigações.