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Donald Trump vence Kamala Harris e é eleito presidente dos EUA

Quatro anos depois de ser derrotado por Joe Biden, republicano volta a comandar a maior potência militar do planeta | Foto: Ryan M. Kelly / AFP

Donald Trump, 78 anos, foi eleito nesta quarta-feira (6) o 47º presidente americano. O republicano atingiu o número de 277 delegados no Colégio Eleitoral, dos 270 necessários para garantir a vitória. 

Quatro anos após a derrota para Joe Biden, quando buscava a reeleição, o republicano volta a comandar a maior potência militar do planeta.

O ex-magnata do mercado imobiliário de luxo retornou à Casa Branca depois de conseguir mobilizar e reorganizar seu eleitorado mesmo após virar réu em quatro processos e ser condenado em um deles.

Um tiro na orelha, uma condenação, outra tentativa de assassinato e discursos inflamados, assim pode ser resumida a campanha de Trump até a vitória.

Trump será o primeiro presidente dos Estados Unidos a ter sido condenado criminalmente, pois foi considerado culpado por um Tribunal de Nova York, em maio, de 34 acusações relacionadas a pagamentos feitos para uma ex-atriz pornô silenciar sobre o caso que tiveram.

Atentados

Em julho, o ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump foi retirado às pressas de um comício eleitoral que fazia, nos Estados Unidos.

Na ocasião, foram ouvidos disparos e o político, depois de colocar a mão na orelha direita, se abaixou rapidamente atrás do palanque em que discursava. Instantes depois, Trump foi cercado por agentes do Serviço Secreto e já apareceu com sangue na orelha.

Em setembro, ocorreu um tiroteio no campo de golfe de West Palm Beach, na Flórida, onde estava o então candidato republicano. Trump não se feriu.

O local fica próximo da residência de Donald Trump no resort de Mar-a-Lago.

A campanha

Sua trajetória, até o retorno à Casa Branca, foi marcada por muitas falas polêmicas — só nesta campanha eleitoral, ele disse que deve prender adversários políticos e colocar o exército atrás de cidadãos dentro e fora dos EUA e prometeu a maior deportação de imigrantes na história de seu país.

Na campanha, Trump logo consolidou o favoritismo contra Biden, principalmente após o debate em que o democrata teve um desempenho considerado ruim até por aliados, em junho.

Com a saída de Biden da disputa, Harris chegou a assumir a dianteira nas pesquisas de intenção de votosobretudo após o debate em que foi considerada vencedora, em setembro. Na reta final, contudo, as sondagens apontaram o acirramento da disputa.

Em outubro, no Madison Square Garden, um dos locais mais conhecidos dos Estados Unidos, Trump falou por cerca de 1h20min, onde repetiu sua retórica violenta sobre imigrantes e oponentes políticos. Ele retratou os democratas como um partido controlado por um “grupo amorfo” de pessoas poderosas.

— Eles são inteligentes e são cruéis, e nós temos que derrotá-los — disse Trump, novamente descrevendo-os como “o inimigo interno”.

A abertura do comício foi uma mistura do que é o trumpismo com uma pintura da bandeira americana com Trump à frente enquanto “God Bless America” tocava nos alto-falantes. O comediante Tony Hinchcliffe abriu o evento com piadas invocando estereótipos racistas contra latinos, judeus e pessoas negras.

— Não sei se vocês sabem disso, mas literalmente há uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano agora. Eu acho que é chamada de Porto Rico — disse Hinchcliffe.

Na reta final da campanha, Trump sugeriu que imigrantes que estão nos Estados Unidos e cometeram assassinato o fizeram porque “isso está em seus genes”.

As declarações foram dadas durante uma entrevista de rádio com o apresentador conservador Hugh Hewitt. 

Quem é Donald Trump, eleito presidente dos EUA

Trump é um bilionário, com patrimônio estimado em US$ 6,5 bilhões, fruto de seu conglomerado de empresas que inclui redes de hotéis, resorts, cassinos e campos de golfes dentro e fora dos Estados Unidos. 

O republicano não começou sua fortuna do zero. Seus primeiros passos foram proporcionados por seu pai, Fred Trump, que investiu, na década de 1950, no mercado imobiliário de Nova York.

Após se formar em economia, Donald Trump assumiu oficialmente a imobiliária da família.

Foi em Nova York que o novo presidente norte-americano ergueu a Trump Tower, sua famosa torre residencial em Manhattan onde tem uma de suas residências.

Atualmente, Trump vive com a família em uma mansão no complexo residencial de Mar-a-Lago, na Flórida.

A primeira esposa, Ivana, nasceu na República Tcheca e morreu em 2022 em Nova York. Eles foram casados por 13 anos e tiveram três filhos: Donald Jr., Ivanka e Eric.

Trump tem outros dois filhos, frutos de duas relações diferentes: Tiffany, do casamento com sua segunda esposa, a atriz e modelo Marla Maples, e Barron Trump, seu caçula e único filho com sua atual esposa, a ex-modelo Melania Trump. De origem eslovena, Melania é casada há mais de 20 anos com Trump.

Líderes internacionais parabenizam Donald Trump pela vitória

A vitória de Donald Trump na eleição presidencial gerou uma série de reações de líderes internacionais e figuras influentes ao redor do mundo. Tais respostas variam desde congratulações calorosas até declarações sobre futuras parcerias e cooperações.

Muitas lideranças aproveitaram a oportunidade para reafirmar laços diplomáticos e expressar expectativas em relação à futura administração de Trump. As mensagens evidenciam não apenas a celebração de um novo mandato, mas também esperanças em fortalecer alianças já existentes ou estabelecer novas direções nas políticas internacionais.

Líderes mundiais enviam mensagem a Trump

Líderes de diversos países, incluindo Europa, Ásia e América Latina, manifestaram suas opiniões em plataformas oficiais e redes sociais. Na Hungria, o primeiro-ministro Viktor Orbán, que apoiava abertamente Trump, saudou a sua vitória comentando que estava “no caminho para uma bela vitória”.

Na mesma linha, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse: “Parabéns ao presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Que Deus o abençoe e o guie”.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também se manifestou. Seu escritório emitiu um comunicado sobre a construção de uma “parceria de segurança perfeita” com os Estados Unidos. Estas declarações sublinham o desejo de cooperação em áreas de interesse mútuo, como segurança nacional e defesa.

Como a Europa está reagindo à vitória de Trump?

Presidentes e primeiros-ministros da Europa também enviaram suas felicitações. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a importância da aliança entre a UE e os Estados Unidos, sinalizando um desejo de colaboração contínua em nível transatlântico.

Do mesmo modo, Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, enfatizou a “relação estratégica” com os EUA e expressou confiança no fortalecimento dessa parceria. Estas declarações indicam um interesse comum em reafirmar parcerias históricas no continente europeu.

O presidente da França, Emmanuel Macron, parabenizou Trump em uma publicação no X na manhã desta quarta. “Parabéns, presidente Trump”, escreveu.

Outros líderes e personalidades manifestaram opiniões

Além dos líderes governamentais, personalidades do setor privado e figuras públicas também compartilharam suas reações. Elon Musk, conhecido por seu envolvimento no setor tecnológico e como apoiador de Trump, repassou uma visão otimista sobre o mandato futuro. Mark Rutte, secretário-geral da Otan, destacou a importância de liderança firme dos EUA, acentuando a relevância da aliança militar.

Outro exemplo inclui Kirill Dmitriev, figura influente na Rússia, que sugeriu um “reset” nas relações sendo um ponto desejável entre os dois países. As mensagens refletem diversas expectativas de cooperação ou mudança no cenário global.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parabenizou Trump e falou em “retorno histórico” à Casa Branca.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também mandou seu recado. “Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Contra tudo e contra todos, Donald Trump voltará à presidência dos EUA (…). Parabéns, meu amigo, por esta vitória épica.”

Com informações do Zero Hora e portal Terra

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