Dólar dispara e vai a R$ 6,00 com escalada em guerra comercial; Ibovespa recua

Investidores seguem em compasso de espera por novidades sobre o tarifaço de Trump e a retaliação dos países

Ibovespa passa a cair com aversão a risco global

Ibovespa inverteu o sinal no início da tarde de hoje, diante da aversão a risco observada no mercado ao redor do mundo. O mau humor global se intensificou após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que irá subir a tarifa às importações vindas da China para 104% a partir desta quarta-feira.

Às 14h28, o Ibovespa derretia 1,10%, aos 124.206 pontos. Nos EUA, as Bolsas operavam com forte volatilidade, alternando rapidamente entre ganhos e perdas enquanto investidores recalculam a rota após as fortes quedas dos últimos dias.

Por aqui, a Vale (VALE3) era uma das principais perdedoras do dia, com recuo de 4,46%, a R$ 49,73, acompanhando a queda de 3,15% do minério de ferro na Bolsa de Dalian. O mesmo ocorria com os ativos da Petrobras, que eram puxados pela performance do petróleo.

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3 (Foto: Victor Moriyama / Bloomberg)

há 11 minutos

VIX volta a subir ao patamar de segunda

O índice VIX, conhecido como “índice do medo” e que calcula a volatilidade dos mercados, subiu a 48,3 pontos, em alta de 2,83% nesta terça-feira, após o anúncio de que as tarifas impostas aos produtos chineses chegarão a 104% a partir de amanhã.

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Juros futuros disparam

Em nova rodada de aversão à risco local, os juros futuros sobem cerca de 15 pontos nos prazos médios da curva de juros, acompanhando a apreciação do câmbio, que chegou a furar os R$ 6, e a valorização dos rendimentos das Treasuries, os títulos americanos.

Às 14h30:

  • taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia a 14,775% (ante 14,70% no fechamento de sexta-feira);
  • Para janeiro de 2027, a taxa ia a 14,39% (ante fechamento de 14,215%);
  • Para janeiro de 2028, a taxa avançava a 14,21% (ante fechamento de 14,045%);
  • Para janeiro de 2029, a taxa valorizava a 14,305% (ante fechamento de 14,165%);
  • E, para janeiro de 2030, o DI aprecia a 14,45% (ante fechamento de 14,33%).
Juros futuros

Juros futuros (Foto: Freepik)

há 28 minutos

14h10: Dólar futuro para maio opera em alta de 1,35%, aos R$ 6,02.

Petróleo inverte sinal e cai

O petróleo, que chegou a operar em alta na manhã desta terça-feira, voltou a apontar para baixo nas negociações futuras. O WTI para maio cedia 1,3%, aos US$ 59,98, enquanto o Brent cedia 1,7%, aos US$ 63,09.

A cotação futura do óleo correspondia à tarifação de 104% prometida por Trump aos produtos chineses a partir de quarta-feira. A consequente perspectiva de desaceleração global diante da imposição das taxas voltava a jogar o valor para baixo.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíam 1,66%, enquanto a Brava (BRAV3) cedia 1,96%. A Vale (VALE3) também cedia firme, em 4,36% de queda, furando o piso de R$ 50 reais, refletindo a desvalorização de 3,15% do minério no principal mercado da empresa, a China.

Extração de petróleo na Califórnia, nos EUA

Extração de petróleo na Califórnia, nos EUA (Foto: Robyn BECK / AFP)

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Bolsas de NY perdem ímpeto

As Bolsas de Nova York, que abriram em alta firme de mais de 3%, perderam ímpeto após a notícia de que Donald Trump pretende impor uma tarifa de 104% aos produtos chineses a partir da meia-noite do dia 9 de abril.

índice Dow Jones subia 0,55%, aos 38.206 pontos; o S&P 500 cai 0,04% aos 5.060 pontos. Já o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, caía 0,26%, aos 5.062 pontos.

Dólar salta e volta a R$ 6,00

dólar zerou as perdas e disparou no início da tarde desta terça-feira. Às 14h09, a moeda subia 1,47%, a R$ 5,997. Na máxima do dia, moeda voltou a tocar o patamar de R$ 6,00.

Investidores acompanhavam as discussões sobre a guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs tarifas de importação a mais de 60 países do mundo. A China, um dos principais alvos do republicano, retaliou os EUA e impôs taxa de 34% às importações americanas.

Diante da contraofensiva chinesa, Trump ameaçou aumentar em mais 50% as tarifas sobre produtos com origem no país. Segundo a Casa Branca, as novas taxas entram em vigor a partir de amanhã.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, explica que esta escalada nas tensões comerciais acaba minando o apetite por risco do mercado. Isso, por sua vez, pressiona moedas emergentes, como a brasileira, consideradas investimentos mais arriscados

dólar - notas de dólar

Os principais índices de Nova York se recuperaram nesta terça. Logo após a abertura, o índice Dow Jones subia 2,91%, aos 39.070 pontos; o S&P 500 avançava 2,94%, aos 5.211 pontos, enquanto o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, subia 3,15%, aos 16.094 pontos.

Nesta manhã o VIX, que mede a volatilidade dos mercados, caía 16%, mas ainda encostava nos 40 pontos, considerado ainda alto.

Os investidores estão voltando a se expor a ativos de risco após uma das liquidações mais brutais dos últimos anos, com alguns interpretando sinais de que o presidente Donald Trump pode estar disposto a flexibilizar sua posição nos termos comerciais, depois que o Japão avançou com as negociações. Isso levou o índice Nikkei 225 a uma disparada de 6%.

— Os ralis de alívio nos ativos de risco provavelmente serão de curta duração — disse à Bloomberg Elias Haddad, estrategista do Brown Brothers Harriman.

Maioria das ações está sendo negociada fora da Bolsa de Nova York

Maioria das ações está sendo negociada fora da Bolsa de Nova York (Foto: Bloomberg)

há 4 horas

Um dia após mais uma sessão de perdas nas bolsas globais, em decorrência da imposição de tarifas de importação, o Ibovespa opera em alta , ensaiando recuperação das perdas dos últimos dias. Às 10h10, o índice subia 1,14%, aos 127.025 pontos. As maiores contribuições para a alta vinham do setor bancário e de commodities.

O petróleo, que subia 1% nas duas referências (Brent e WTI), contribuía para a alta da Petrobras (PETR4), em alta de 1,66%, Brava (BRAV3)+3,27% e Prio (PRIO3) +1,97%.

A Vale (VALE3) subia 0,29%, apesar da retração do minério de ferro na China em 3%.

“Os mercados parecem estar dando uma pausa após dias de volatilidade elevada […] No entanto, as ameaças ainda pairam no horizonte, já que a China promete “lutar até o fim” contra as tarifas do presidente Trump, após o presidente ameaçar impor tarifas adicionais de 50% sobre todos os produtos chineses”, afirma relatório do Citi.

Painel mostra variação das cotações na B3

Painel mostra variação das cotações na B3 (Foto: Edilson Dantas/Infoglobo)

há 4 horas

O dólar comercial abriu a terça-feira beirando a estabilidade e, às 10h, a moeda americana era cotada a R$ 5,90, em ligeira baixa de 0,14%. No mesmo momento, o euro, o iene japonês e o franco suíço operam em alta. Segundo relatório da corretora MonteBravo, o movimento reflete uma demanda por ativos de proteção em um contexto de investidores preocupados com o risco de recessão global.

— A guerra comercial continua elevando preocupações com recessão global e o mercado segue atento aos desdobramentos dessa novela — afirma Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank.

No mesmo momento, o DXY, que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de outras seis divisas de países desenvolvidos, caía 0,45%.

George Washington na cédula do dólar

*com informações do Globo.

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