O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aceitou os pedidos de demissão em massa. Ao todo, seis diretores da fundação serão desligados. A exoneração deve ser publicada ainda nesta segunda-feira (21)
Os dirigentes da Fundação Saúde, entre eles o médico João Ricardo Pìloto, Diretor Executivo do órgão, pediram demissão dos cargos . Piloto já havia confidenciado a alguns assessores mais próximos, domingo (20), que já estava decido a deixar o comando da Fundação Saúde para cuidar de sua própria saúde.
Hoje cedo o governador Cláudio Castro, em entrevista ao jornalista Edmilson Ávila ( RJ1-TV Globo)., anunciou que aceitou a demissão da cúpula e determinou a exoneração de todos nesta segunda-feira (21).
A demissão em massa ocorre cerca de 10 dias depois de o escândalo dos órgãos com HIV liberados para transplante ter sido revelado. Segundo o governo do estado, o PCS Lab Saleme foi contratado em dezembro do ano passado por R$ 11 milhões para fazer a sorologia de órgãos doados.
De acordo com o governo do estado, o PCS Lab Saleme foi contratado, em dezembro do ano passado, por R$ 11 milhões para fazer a sorologia de órgãos doados.
Na semana passada, a Polícia Civil do Rio instaurou um novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa – o Ministério Público do Rio (MPRJ) também vai apurar o caso. Já havia uma investigação em andamento sobre a emissão de laudos falsos.
“A medida amplia a transparência e assegura que não haja interferências nas apurações já determinadas pelo governo do estado”, diz o governo do Rio, por meio de comunicado, sobre as demissões.
O diretor-executivo, João Ricardo da Silva Pilotto, encabeça a lista das dispensas na diretoria da Fundação Saúde. Serão desligados os diretores das seguintes áreas:
- Diretoria-executiva;
- Diretoria administrativa e financeira;
- Diretoria de recursos humanos;
- Diretoria de planejamento e gestão;
- Diretoria técnico-assistencial;
- Diretoria jurídica.
“A Secretaria de Estado de Saúde está empenhada em preservar a prestação dos serviços à população e, em breve, será anunciada a nova diretoria”, informou a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo fluminense.
Prisões
No domingo (20), a Polícia Civil prendeu uma mulher suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Lab Saleme. A prisão ocorreu no âmbito da segunda fase da Operação Verum.
Na primeira etapa da operação, quatro pessoas foram presas: o médico Walter Ferreira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, e os funcionários Jacqueline Iris Bacellar de Assis, Cleber de Oliveira Santos e Ivanildo Ferreira dos Santos.
De acordo com as investigações, teria havido uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. Assim, a análise das amostras não foi feita diariamente, mas apenas de forma semanal, contrariando os padrões.
Seis pacientes que receberam órgãos foram infectados pelo vírus HIV.