Dez partidos homologam neste sábado (3) a candidatura de Pezão a prefeito de Piraí

Pezão já teve dois mandatos de vereador e dois de prefeito de Piraí antes de ser vice-governador e depois governador do estado do Rio de Janeiro. Já Artur Tutuca é irmão de Gustavo Tutuca, secretário estadual de Turismo, deputado estadual licenciado. Fotos: divulgação

As convenções de 10 partidos homologarão neste sábado (03/08) o nome de Pezão como candidato a Prefeito de Piraí pelo PMDB, pelo qual chegou ao Palácio Guanabara. Seu adversário é Artur Tutuca (PP).

“Minha prioridade é voltar a gerar emprego e colocar todas as crianças em creche com horário integral, disse Luiz Fernando Pezão ao Nova Iguassu Online ,minutos atrás, ao informar que é candidato novamente a prefeito de sua cidade, Piraí, pela terceira vez. Ele foi prefeito de 1997 a 2004 do município de Piraí, no Leste Fluminense, onde nasceu, reside e criou dois filhos. Na última vez que disputou a eleição em Piraí, elegeu-se prefeito com 24 mil votos, o equivalente a 78% dos votos. Em 1982 teve 600 votos e foi eleito para a Câmara de Vereadores.

Neutralidade do governador e apoio do PT

Pezão colocou seu nome à disposição dos eleitores de Piraí porque está “triste de ver como está a cidade”. Caso se eleja prefeito novamente, vai trazer de volta o Projeto Piraí Digital, responsável pela visibilidade que o levou a ser eleito vice-governador e depois governador. Na eleição presidencial de 2022, Jair Bolsonaro ganhou de Lula em Piraí por uma diferença de 600 votos. O PT apoia Pezão. O governador Cláudioi Castro decidiu ficar neutro na disputa entre Pezão e Artur Tutuca, do PP.

Luiz Fernando Pezão afirma estar tranquilo sobre a concessão do registro de sua candidatura pela justiça eleitoral:

Confio muito na Justiça, vai dar tudo certo.

Pezão, segundo a WikipédiA

Graduado pela Universidade Estácio de Sá, ingressou na vida pública nos cargos de vereador na década de 1980 e de prefeito de sua cidade natal, Piraí, em 1997. Foi nomeado secretário estadual pela governadora Rosinha Garotinho em 2005. Por meio de sua aliança política com Sérgio Cabral Filho, foi eleito e reeleito vice-governador do Rio de Janeiro, acumulando o posto de secretario estadual de Obras, onde coordenou as principais obras do governo em regiões carentes, como o Complexo do Alemão e a Rocinha.

Ascendeu na política herdando o cargo de governador do estado após renúncia do titular Cabral Filho em 2014, elegendo-se no 2º turno das eleições daquele ano. Em 29 de novembro de 2018, Pezão foi preso no Palácio Laranjeiras acusado de corrupção; foi o primeiro governador fluminense em exercício a ser detido.[2][3][4]

Formação acadêmica e ingresso na política

Natural do município de Piraí e formado em economia e administração de empresas[5] pela Universidade Estácio de Sá, ingressou na vida pública na década de 1980 ao ser eleito vereador por dois mandatos (1982-1988 e 1993-1996) e depois tornou-se prefeito de sua cidade natal por duas vezes (1996-2000 e 2001-2004).[6][7]

No secretariado estadual

Pezão foi nomeado subsecretário estadual de Governo e de Coordenação pela então governadora Rosinha Matheus em 2005, e assumiu a titularidade da pasta quando o então secretário Anthony Garotinho (marido da governadora e ex-governador) decidiu disputar pela segunda vez a Presidência da República.

Como vice-governador

Dilma RousseffSérgio Cabral e Pezão no Alemão, em 2011.

Eleito vice-governador do Rio de Janeiro na chapa de Sérgio Cabral Filho por dois mandatos (2007-2010 e 2011-2014), Pezão coordenou a recuperação das cidades da região serrana afetadas pelas chuvas e comandou os projetos Asfalto na Porta e Bairro Novo, que levaram melhorias urbanas tais como drenagem e pavimentação de ruas aos municípios do estado.

À frente da secretaria estadual de Obras, Pezão coordenou as principais obras do governo tais como as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Complexo do AlemãoManguinhosPavão-Pavãozinho/Cantagalo e Rocinha bem como a construção do Arco Metropolitano.

À frente do governo

Eduardo PaesMarta Suplicy e Pezão durante o carnaval.

Assumiu o cargo de governador do Rio de Janeiro após a renúncia, em 3 de abril de 2014, do então governador Sérgio Cabral Filho.

Foi reeleito governador do Rio de Janeiro no 2º turno das eleições de 2014 com 4.343.298 votos com 55,78% dos válidos contra o então senador Marcelo Crivella (PRB), que obteve 3.442.713 votos com 44,22% dos válidos.[10]

Operação Lava Jato

Operação Lava Jato

Em março de 2015, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou, em depoimento de delação premiada, disse que o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), e Pezão teriam recebido 30 milhões de reais para caixa 2. Segundo Costa, Cabral seria um dos integrantes do esquema de corrupção que desviaria recursos da Petrobras. E pelo cargo que Pezão exerce de governador, o seu nome foi enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a lista dos demais governadores suspeitos de envolvimento com a corrupção da estatal investigados pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2015 a Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito.[11] O governador disse que teve “a vida virada do avesso” na investigação da PF na operação.[12] No mês seguinte, a Procuradoria-Geral da República pediu continuidade do inquérito contra Pezão e Cabral.[13] Em dezembro de 2015, o doleiro Alberto Youssef reafirmou que a campanha à reeleição de Cabral, que tinha Pezão como vice na chapa, recebeu 30 milhões de reais desviados de obras da estatal.[14] Pezão nega ter recebido repasses de Paulo Roberto Costa.[13]

Cassação

Em 8 de fevereiro de 2017, por 3 votos a 2 o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro cassou o mandato de Pezão e do seu vice Francisco Dornelles por abuso de poder econômico e político, o que causaria a inelegibilidade de ambos por oito anos.[1] O desembargador eleitoral Marco Couto, um dos membros da Corte, disse em seu voto que restou comprovado que contratos administrativos milionários foram celebrados em troca de doação de campanha.[15] Além disto, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro afirmou que foram omitidos gastos da ordem de 10 milhões de reais na última campanha de governador, em 2014.[16] Os efeitos da decisão de cassação ficaram suspensos até o julgamento de eventual recurso no Tribunal Superior Eleitoral.[1][16][17] Em 28 de agosto de 2018 o TSE acolheu o recurso da chapa e anulou a decisão do TRE-RJ por entender que não foi respeitado a regra do Código Eleitoral que dispõe que todos os membros do órgão julgador deveriam participar da sessão, devendo a corte eleitoral fluminense refazer o julgamento em sua integralidade, com a presença dos 7 membros.[18][19]

Prisão

Pezão foi preso pela Polícia Federal na manhã de 29 de novembro de 2018. Alvo da Operação Lava Jato.[20] Mas não teve seu mandato cassado, mantendo o título de governador do Rio de Janeiro, enquanto seu vice, Francisco Dornelles, lidera o executivo estadual como “governador em exercício”, tal qual nas demais vezes que Pezão ficara afastado para tratamento de saúde.

Soltura

Por três votos a zero, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) delegou soltura para o ex-governador no dia 10 de dezembro de 2019. Dois dos cinco ministros da turma não votaram porque se declararam impedidos. No lugar da prisão, os ministros estipularam as seguintes medidas cautelares:[21]

  • Comparecer em juízo quando chamado.
  • Monitoramento por tornozeleira eletrônica.
  • Proibição de contato com outros réus.
  • Proibição de ocupar cargos ou funções públicas.
  • Proibição de deixar o Rio de Janeiro sem autorização judicial.
  • Comunicar o juiz qualquer operação bancária superior a R$ 10 mil.
  • Recolhimento domiciliar noturno entre 20h e 6h, todos os dias.

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