Ícone do site Nova Iguassu Online

Deputados definem hoje nova mesa diretora da Alerj

Expectativa é que Rodrigo Bacellar seja reconduzido à presidência

A expectativa é de que não haja controvérsias na reunião marcada para hoje, no Palácio Tiradentes, onde os 70 deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) deverão escolher a nova composição da mesa diretora da Casa. O regimento interno determina que os parlamentares apresentem chapas com 13 nomes até o início da sessão, mas até o momento, há apenas uma chapa concorrente: a liderada pelo atual presidente, Rodrigo Bacellar (União), que deve ser reconduzido ao cargo em uma votação que se desenha em clima de consenso.

A mesa diretora é formada por um presidente, quatro vice-presidentes, quatro secretários e quatro vogais. Eles são responsáveis pela administração interna da Alerj, que neste ano tem um orçamento superior a R$ 1,3 bilhão, além de coordenar os trabalhos legislativos, definindo os projetos de lei que serão votados em plenário.

Em 2023, o Partido Liberal se dividiu. Rodrigo Bacellar estava no partido e era o candidato apoiado pelo governador Cláudio Castro, mas uma ala dissidente no PL tentou viabilizar Jair Bittencourt como cabeça de chapa.

Após a disputa daquele ano, Bacellar deixou o partido e assumiu a direção estadual do União Brasil. Em busca da reeleição e de uma votação sem rachas, Bacellar costurou acordos que devem levar à candidatura única.

— Uma grande marca da nossa gestão foi a unidade. Esse diálogo aberto com todos os parlamentares e partidos pautou essa fase de construção e articulação para o próximo biênio. Em um país polarizado, a Alerj tem dado um grande exemplo de que existem muitas pautas que unem direita, esquerda e centro — diz Bacellar.

A atual mesa diretora deve ter poucas mudanças. A principal será na primeira vice-presidência, hoje com Manoel Brazão (União). Bacellar abriu mão do cargo ocupado por seu partido para aceitar uma indicação do PL: o escolhido deve ser Guilherme Delaroli, irmão de Marcelo Delaroli, prefeito de Itaboraí, e próximo ao presidente estadual da sigla Altinêu Cortes.

Caso seja eleito hoje, Guilherme Delaroli terá que deixar a presidência da comissão de Obras Públicas. Outros dois nomes correm por fora: Márcio Gualberto e Thiago Gagliasso, ambos do PL.

Braço direito de Rodrigo Bacellar, Rodrigo Amorim deve continuar à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas, como o cargo foi requisitado pelo PL durante as negociações, deve se filiar ao partido.

Corrida em aberto

Um cargo que está sendo disputado na chapa é o de 1º secretário, atualmente ocupado por Rosenverg Reis (MDB). Há uma tentativa de emplacar Val Ceasa (PRD) para substitui-lo. Rosenverg é irmão do secretário estadual de Transportes e presidente do MDB no Rio Washington Reis, logo uma mudança poderia respingar em acordos futuros — Bacellar é cotado nos bastidores para disputar o Palácio Guanabara em 2026.

— Soube desse movimento querendo me colocar como 1º secretário, mas deixo a critério do presidente. Não quero tomar lugar de ninguém — diz Ceasa.

O atual 2º secretário da Alerj, o médico Pedro Ricardo (PP), é cotado para assumir a presidência da comissão de Saúde, que era ocupada por Tande Vieira (PP), eleito prefeito de Resende. O cargo, assim, seria mantido no partido de Doutor Luizinho, presidente estadual do Progressistas e influente na área da saúde no Rio.

Com infomrações de O GLOBO.

Sair da versão mobile