O presidente da Conferência Episcopal Italiana pede que sejam incentivados momentos de oração pessoal e comunitária, em comunhão uns com os outros e com a Igreja universal. Bispos da Bélgica gratos pelo serviço do Papa Francisco e apelo à misericórdia do Senhor. Bispos do Reino Unido: uma “voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados”. Os bispos da Austrália recordam Francisco como “um homem simples, humilde e compassivo”
Vatican News
É um momento doloroso e de grande sofrimento para toda a Igreja. Confiamos o nosso amado Papa Francisco ao abraço do Senhor, na certeza, como ele mesmo nos ensinou, de que “tudo se revela na misericórdia; tudo se resolve no amor misericordioso do Pai”, afirma o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi, em uma declaração.
Peço a todas as Igrejas na Itália – continua a purpurado – que os sinos das igrejas sejam tocados em sinal de luto e que sejam incentivados momentos de oração pessoal e comunitária, em comunhão uns com os outros e com a Igreja universal.
Conferência Episcopal da Bélgica
Segue, declaração dos bispos belgas, gratos pelo serviço do Papa Francisco e apelo à misericórdia do Senhor:
“Com grande tristeza”, os bispos da Bélgica receberam a notícia da morte do Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica como bispo de Roma desde 2013. Em uma declaração divulgada hoje, os bispos expressaram “profunda gratidão por seu ministério” e relembraram um pontificado “marcado pela simplicidade, proximidade com os pobres e um forte apelo à misericórdia e à justiça social”. Suas encíclicas – em particular Laudato si’ (2015) e Fratelli tutti (2020) – “permanecem pontos de referência para o mundo e a sociedade”, escrevem os bispos, que também enfatizam “o forte impulso pastoral dado à construção de uma Igreja mais sinodal e inclusiva”. Os bispos belgas recordam com gratidão a visita do Papa em setembro de 2024, durante a qual ele ofereceu três palavras-chave para a Igreja na Bélgica: “evangelização, alegria e misericórdia”. Por fim, o convite a todos os fiéis do país: “Rezemos para que o Senhor acolha seu servo Francisco na casa do Pai”.
Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e País de Gales
Papa Francisco: cardeal. Nichols, “voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados”
“A morte do Papa Francisco é uma fonte de grande tristeza para muitas pessoas no mundo inteiro, tanto na Igreja católica quanto na sociedade em geral. Uma voz que proclamava a dignidade inata de todo ser humano, especialmente daqueles que são pobres ou marginalizados, agora silencia. O legado que ele deixa é algo que devemos tentar levar adiante e fortalecer”. Foi o que afirmou em uma declaração o cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e do País de Gales e arcebispo de Westminster. Os bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales celebrarão Missas de Réquiem para o Papa em suas catedrais. Imagens de oração já foram distribuídas às paróquias católicas.
“O Papa Francisco foi chamado ao sacerdócio por meio de sua experiência com a misericórdia e a compaixão de Deus”, lembra o cardeal. “Isso continuou sendo o núcleo de seu ministério como padre, bispo e Pontífice. Somente compreendendo o amor e a misericórdia de Deus em relação a cada um de nós é que podemos criar sociedades e comunidades que levem o sinal do ‘reino de Deus’.” “Oramos agora pelo repouso de sua alma, para que ele possa conhecer, em plena medida, o abraço misericordioso e amoroso do Pai, do único Deus a quem ele deu sua vida em serviço incansável. Que ele possa agora descansar em paz e ressuscitar na glória”.
Bispos da Austrália
Papa Francisco, “um homem simples, humilde e compassivo”
“Um homem simples, humilde e compassivo”. É assim que dom Timothy Costelloe, arcebispo de Perth e presidente da Conferência Episcopal Australiana, lembra-se do Papa Francisco em uma mensagem divulgada após a notícia de sua morte. “Quando o cardeal Bergoglio apareceu pela primeira vez na sacada da Basílica de São Pedro em março de 2013“, escreve ele, ”sua simplicidade e humildade imediatamente deram o tom de um Pontificado marcado pela misericórdia e compaixão de Deus. Sua visão da Igreja como “um hospital de campanha” representou, segundo o arcebispo, “um chamado para a reforma pastoral e um retorno a Cristo como o centro da proclamação e da vida eclesial”. O prelado reconhece que “os anos do Pontificado não foram isentos de controvérsias”, mas ressalta como Francisco “sempre reafirmou que é ‘um filho leal da Igreja’, chamado a acolher todos em sua fragilidade”. Nestes dias, as paróquias da Austrália celebrarão Missas em memória do Papa. “Enquanto o mundo se prepara para o conclave”, conclui ele, “os fiéis rezarão por Francisco, gratos pela bondade de um homem que deu sua vida a serviço de todos”.