Nesta quinta-feira, 22 de agosto, às 19h, acontecerá o coquetel de abertura da exposição e lançamento do livro “Folheando” – 40 Anos de Arte do Artista Visual Antônio Filipak. O evento será realizado no Complexo Cultural Mário Marques, localizado na Rua Getúlio Vargas, 51, no Centro de Nova Iguaçu.
A mostra ficará aberta para visitação até o dia 20 de setembro.
A exposição que ora apresenta, “Folheando”, está dividida em dois segmentos. A primeira, recepcionando os visitantes, “Troncos Vivos”, ressaltando o bioma da Mata Atlântica e no andar de cima uma intervenção imersiva intitulada “Devastação Urbana”.
Sobre o artista Antônio Filipak
Filho da terra, de pais que enxergaram na cidade de Nova Iguaçu a oportunidade para atuar em suas atividades sociais e profissionais, e, assim, se estabeleceram enquanto família. O pai, professor de Letras e escritor, a mãe, costureira e artesã, formaram gerações que deixaram um legado no município. Zé Antônio (assim como é reconhecido em família), tinha a rua como seu quintal e o acesso à cultura a partir
das leituras diversificadas, inspiradas por uma biblioteca dentro de casa mantida pelos seus pais. Incentivado por essa herança, manifestou em seus primeiros desenhos e cartuns as questões sociais e políticas do país, expondo no Sesc em 1984, tendo sido essa, a sua primeira aparição como profissional.
Fruto de uma classe média, deu voz às oportunidades apresentadas: o experimentalismo, uma alquimia como forma de expressão e os valores sociais e humanos, sendo esses alimentos inspiradores. Assim, o artista visual Antônio Filipak ao longo do tempo moldou a sua compreensão de mundo.
Integra a primeira edição dos “Novos Novos”, com 21 artistas selecionados para a Galeria do Centro Empresarial Rio, em 1987. Foi a oportunidade de expor suas pesquisas em resíduos urbanos, encontrados no município de Nova Iguaçu, nas sucatas e ferros-velhos que ladeavam a Rodovia Presidente Dutra. Logo em seguida, participou de outras exposições no Rio de Janeiro e pelo Sul do país.
Em 1988, percebendo a importância da região, produziu, dando voz a partir de sua arte, o projeto “A Nova Iguaçu Histórica” com a temática envolvendo o patrimônio histórico existente. Em 1989, por decreto do governo federal, foi criada a Reserva Biológica do Tinguá, fazendo limites geográficos com alguns municípios da Baixada Fluminense. Nascia há 35 anos a preocupação com a preservação da Natureza, princípios que norteiam sua criação artística até os dias de hoje. Como produtor cultural, cria o projeto “Arte Na Caixa”, espaço cultural e galeria de arte dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal, em 1993. Atua como subsecretário de cultura em 2012, já em 2019 cria a “Galeria Originada”. Todos localizados no município de Nova Iguaçu.